domingo, 28 de novembro de 2010

Capitulo 5 - Port Angeles
 Fiz o trabalho de história, para entregar segunda. Nesse dia, eu acordei e logo me lembrei que era sábado, dia de ir a Port E quando dei por mim Jéssica já estava buzinando na minha porta. Angeles. Desci, tomei café, tomei banho , coloquei minha blusa azul
- Bella! Vamos logo! – gritava ela
- Já vou! – gritei fechando a porta
A viagem foi nada silenciosa, Jéssica colocou uma música muito alta, e tagarelava sobre o vestido.
- tem certeza que precisa sair da cidade no dia do baile? – perguntou Jéssica
- tenho, vou visitar minha mãe, que está em Jacksonville agora – respondi
enfim chegamos a Port Angeles, e Jéssica parou o carro na frente de uma loja de vestidos. Entramos dentro da loja e ela provou todos os vestidos que tinha pela frente. Não gostou de nenhum. Fomos à outra loja, a mesma coisa. Até que ela achou uma loja com vestidos incrivelmente lindos. Entramos, era uma loja muito chique e elegante, vestidos caríssimos eram vendidos. Eu particularmente gostei apenas de um, era um vestido roxo, rodado até o joelho, muito lindo, ele vinha acompanhado de um lindo colar de ametista lilás. Eu me dei ao trabalho de ver o preço, quase cai pra trás, custava mais que um carro. Ângela viu que eu havia gostado do vestido
- você tem um gosto meio caro chiem? Mas ótimo! Esse vestido é muito lindo, uma raridade, é o mais caro da loja – ela deu uma pausa, e enquanto se afastava disse em tom de brincadeira – coitado do Cullen! Vai gastar uma fortuna com esse seu gosto caro! – ela olhou para mim e nós duas começamos a rir
- ótima piada Ângela! – mal terminei de dizer isto e lá vinha Jéssica com um vestido rosa choque, com brilhantes
- o que acham? – perguntou ela
- ficou ótimo – respondi, realmente havia ficado
- então vou levar este mesmo! – respondeu ela
- e você Ângela? Ainda não escolheu o seu? – perguntou Jéssica
- ah! É mesmo! – disse Ângela, correndo para escolher um vestido, olhei o relógio era quase seis horas da tarde.
- Jéssica, Ângela, se importam se eu me encontrar com vocês no restaurante? Eu queria passar numa livraria – disse
- Tem certeza? – perguntou Jéssica
- Tenho, me encontro com vocês depois. – dizendo isso eu sai pela porta da caríssima loja de vestidos. Passei por várias livrarias mas nenhuma tinha o livro que eu procurava. Até que achei uma livraria antiga. Cheia de pó. E lá tinha vário livros que eu nunca havia visto entre eles, ‘ lendas sobre vampiros” era um livro velho de capa roxa escura. Resolvi levar aquele mesmo, era o melhor que eu poderia achar. Sai da livraria, e passei por um beco, no beco havia um grupo de rapazes que ficaram me olhando, resolvi mudar de rumo, fui caminhando o mais rápido que pude, se eu tentasse correr is cair no chão, provavelmente. Vi que eles me seguiam, de repente me vi rodeada, não tinha para onde fugir.
- Vimos você na loja de vestidos – disse um com cabelo escuro
- Ei gracinha, não foge da gente não! – disse outro, eu estava me preparando para me defender, pois tive algumas aulas de defesa pessoal antes de vir para Forks.
- Por que você não vem com a gente? – disse um cara alto encostando a mão no meu braço
- Não encosta em mim! – falei com voz alterada
- Calma! – ele disse de novo encostando agora nas minhas costas
- Não encosta em mim! – eu disse empurrando ele, tentei correr, meus pés travaram,tentei gritar, minha voz não saia. Foi nessa hora que vi dois faróis de carro na minha frente
- Entra no carro! – disse uma voz conhecida, é claro que era conhecida, eu conheceria essa voz até debaixo da água. Entrei no carro e vi Edward com olhos furiosos, encarando os malfeitores, eles saíram correndo, não cheguei a ver porque, Edward estava de costas para mim na frente do volvo. Ele entrou no carro, deu marcha-ré e olhava furioso para a estrada
- Eu devia arrancar a cabeça deles! – ele falou com ódio na voz
- Não, não devia – disse tentando acalma-lo
- Não sabe as coisas nojentas e repulsivas que estavam pensando! – ele falou ainda com ódio na voz
- E você sabe? – perguntei, não pude me conter
- Não é difícil de imaginar – ele falou agora contendo a voz
- Me distraia! Fale de alguma coisa para que eu não volte lá! – ele disse com a voz alterada
- Ponha o cinto de segurança! – disse
- Há há é melhor você colocar o cinto! – disse ele agora debochado, mas a voz ainda estava alterada. De repente estávamos parados na frente do restaurante onde eu havia marcado de me encontrar com Jéssica e Ângela.
- Co...como...sabia... – tentei perguntar
- Nada de perguntas agora, vá falar com sua amiga, não quero ter que segui-la novamente – agora sua voz era arrogante. Sai do carro na hora,
- Jéssica! – gritei antes dela entrar no carro
- Bella! – disse ela – onde estava? Deixamos mensagens, mas estávamos famintas então...
- Desculpe por atrasar a Bella – disse Edward com a voz mais educada que eu já havia visto ele falar com alguém, menos comigo é claro...
- Começamos a conversar e perdemos a noção do tempo – disse ele, seus olhos estavam mais dominadores e brilhantes.
- Ah! Não imagina, isso acontece. Certo – Jéssica estava totalmente desconcertada, ele nunca havia lançado esses olhares para ela.
- Bom Bella estávamos de saída você quer...
- Acho que preciso fazer Bella comer alguma coisa – disse Edward – se você quiser é claro – agora Ângela e Jéssica estavam muito desconcertadas.
- É muito gentil – disse Ângela
- É mesmo muito gentil – concordou Jéssica
- É preciso comer alguma coisa – disse, pois tinha um monte de perguntas que só podia despejar para cima dele quando elas saíssem. Assim que entramos, uma garçonete, alta, magra, morena e muito bonita, chegou para nos atender. Ela ficou um tempo parada olhando para Edward e depois perguntou
- Me siga – ela caminhava para o meio do restaurante uma mesa no centro.
- Aqui está bom? – perguntou ela para Edward
- Bom , quem sabe um lugar mais reservado? – disse ele a garçonete, eu podia jurar que vi ele passar uma nota de cem reais por baixo da mesa para ela.
- Está bem então – disse ela. Nos levou a uma mesa no canto, pouca iluminação
- Está perfeito – disse ele. Nós nos sentamos um de frente para o outro. A garçonete saiu para buscar o folheto e eu comecei
- Você me deve algumas respostas – lembrei a ele
- Sim, não. “para chegar ao outro lado” 1.77245...- ele estava brincando
- Eu não quero saber a raiz quadrada de PI – falei alterada
- Você sabia? – perguntou ele incrédulo
- Como sabia onde eu estava? – perguntei calmamente olhando em seus olhos
- Eu não sabia – respondeu ele
- Certo – me levantei da mesa pronta para ir embora
- Não vai...eu – dava pra ver que ele lutava com as palavras
- Tudo bem – sentei de novo – você...me seguiu? – perguntei olhando em seus olhos
- Eu... sinto um forte instinto de proteção... com relação a você – disse ele agora olhando diretamente, ele não vinha idéia de quanto seus olhos estavam dominadores neste momento.
- Bom aqui está – interrompeu a garçonete- o que vai pedir?- ela olhava só para Edward nem parecia que eu também estava ali. Ele gesticulou com a mão para mim.
- O que vai querer? – ela se virou para mim séria e me deu o folheto, escolhi a primeira coisa que vi.
- Hum... Ravióli a cogumelos – disse a ela. Ela se virou para Edward com um sorriso
- E você? Já decidiu? – ele não a olhava diretamente
- Uma coca-cola – disse ele olhando para mim
- Está bem então – ela ficou parada olhando pra ele, eu olhei para ela e Edward percebeu a garçonete olhando apaixonada.
- E então? – disse ele
- Ah! Sim perdão! – ela saiu
- Então você me seguiu? – perguntei
- Eu estava tentando manter distancia – começou ele – a menos que precisasse da minha ajuda, então ouvi o que aqueles marginais estavam pensando...
- Espera aí- interrompi – você disse que “ouviu’ o que eles estavam pensando? – ele deu uma pausa, olhou para mim e se inclinou na mesa em minha direção. Eu fiz o mesmo
- Eu consigo ler qualquer mente nesta sala – ele disse isso baixo – tem ... dinheiro – ele olhou para um homem que estava sentado tomando uísky – sexo... – olhou para uma moça loira – dinheiro... olhou para outra mulher – sexo...olhou para a garçonete que estava cochichando com uma amiga – um gato... olhou para um cara com uma capa de chuva.
- E em relação a você... nada... não consigo ler sua mente – nossa eu estava, muito agradecida por ele não poder ler minha mente, bom ler mentes não era comum, mas levantar vans também não era.
- Há alguma coisa de errado comigo? – perguntei
- Eu lhe digo que consigo ler mentes, e você acha que tem alguma coisa de errado com você! – ele riu neste momento vinha a garçonete, com nossos pedidos.
- Aqui está – ela se virou de novo para Edward
- Tem certeza que não vai querer nada mesmo? – insistiu ela
- Não obrigada – disse ele
- É só me chamar... – disse ela se afastando. eu peguei os talheres
- Não vai comer mesmo? – perguntei
- Não – disse ele – estou numa dieta especial.- ele ficou me olhando comer por algum tempo, de repente olhou para baixo, se sorriso desapareceu
- O que foi? – perguntei
- É muito frustrante não poder ler sua mente, e... eu também não tenho mais forças para ficar longe de você – ele disse lutando com as palavras.
- Não fique – respondi simplesmente, ficamos nos olhando por um tempo
- Não vai comer? – ele disse olhando para meu prato que estava cheio
- Eu não estou com fome – respondi olhando para ele
- Devia comer, parece pálida – ele disse com ar de deboche
- Eu não pareço pálida, eu sou pálida – emendei por fim, ele deu uma risada, depois ficou sério.
- Se você comer, lhe conto como eu te achei – ele disse olhando para o nada. mais que depressa eu dei uma garfada em um cogumelo e coloquei na boca.
- Bom – começou ele – eu te achei através das pessoas que viram você, primeiro Ângela...
- ...você leu a mente dela!? – interrompi pensando nas conversas que tive com ela hoje na loja de vestidos
- ...sim... – respondeu ele recomeçando – primeiro ela, depois nas livrarias que você entrou – ele falava e olhava para a porta, depois olhava para mim – depois eu perdi você...
- como? – perguntei
- você entrou em um beco, não tinha ninguém, como eu poderia te achar! – ele falou isso como se fosse a coisa mais óbvia do mundo – e então – continuou – eu continuei procurando, até que...- ele parou de falar, notei que seus punhos estavam fechados, e a voz dele era aflita de raiva - ...ouvi o que aqueles marginais estavam pensando, vi seu rosto na mente deles, e o resto... você já sabe – ele parou de falar – agora seus olhos eram de fogo
- Eu não podia ficar sozinho esta noite, fiquei com medo de procurá-los, e... – ele conteve as palavras - ...aí vou ficar com voce até me recompor de novo – ele deu um sorriso forçado. Eu estava parada olhando para ele com cara de “hã”.
- E você sempre pode ler mentes? – eu disse
- Não...quer dizer... faz algum tempo? – ele falou perdido em pensamentos
- Quanto tempo? – perguntei intrigada
- Muito tempo – ele disse fitando o nada
- E você pode ler qualquer mente?
- É... qualquer mente, de qualquer pessoa, em qualquer lugar e circunstancia – ele disse isso e acabou com as minhas 3 perguntas seguintes. Fiquei um tempo quieta elaborando novas.
- Mas... – eu tentei continuar
- Você come, eu conto – ele me lembrou
- Prossiga- disse dando outra garfada
- Só eu consigo ler mentes, o resto da minha família não – ele parou
- Só isso? – perguntei
- O que? – ele disse perdido em pensamentos
- Que tem para me contar – perguntei e ele se virou para mim me fitando, seus olhos estavam de novo dominadores e brilhantes
- Pare com isso – disse desviando o olhar
- Com o quê? – ele perguntou dando uma risada
- Até parece que não sabe o efeito que faz nas pessoas – disse ficando vermelha de vergonha.
- Que efeito?
- Com os olhos, você hipnotiza as pessoas com os olhos – disse olhando para a parede, eu não podia vê-lo mas sentia que estava me fitando
- Todas as pessoas... ou apenas você? – ele falou suavemente
- Todas. – respondi olhando o meu prato que a propósito estava cheio. Ficamos um tempo em silêncio
- Não está com fome, não é? – ele perguntou
- Não - respondi olhando ele nos olhos, agora estávamos encenados na mesa, em direção um ao outro, ele estava com as duas mãos em cima da mesa, eu também. estendi uma das mãos para tocar na mão dele, ele colocou as mãos para trás.
- Bom então vamos? – ele perguntou
- É – falei, nessa hora ele ia chamar a garçonete e tocou minha mão sem intenção, eu senti um arrepio atravessar meu corpo, ele percebeu.
- Tome – ele me passou o casaco dele
- Não estou com o meu – respondi certa que estava com meu casaco, olhei para o lado e vi que tinha deixado no carro de Jéssica.
- Ah, droga, deixei no carro de Jéssica. – ele me estendeu o casaco novamente, eu coloquei, as mangas eram bem maiores que eu, na verdade o casaco inteiro era. Estava gelado, como se estivesse no vento gelado por muito tempo, mas tinha o cheiro dele, cheiro de perfume. Fiquei estonteada. Nisso chegou à garçonete
- Bom, já vão embora? – ela perguntou olhando apenas para Edward
- Sim vamos – ele respondeu e ela foi buscar a conta, voltou rapidamente
- Aqui está – disse ela com desnecessária gentileza. depois fomos embora, eu ia na frente, e ele tinha sempre o cuidado de não encostar em mim. Entrei no carro, senti o mesmo cheiro do casaco dele, ele ligou o aquecedor.

Capitulo 16 - Para Sempre
 - Voce está perfeita – disse Edward, Charlie suspirou
- Bom, Alice fez a produção – disse, ele pegou na minha mão, íamos saindo pela porta
- Bella – chamou Charlie, Edward foi abrindo a porta do carona
- Ainda tem aquele spray? – perguntou ele
- Tenho, pai – exclamei
- E...voce está linda – disse Charlie. Fui até o carro e entrei. A viagem até o baile foi silenciosa, só quando chegamos que eu vi que estava quase todas as pessoas de Forks naquela festa!
- Aí! – disse
- Que foi? – perguntou Edward, com seus lindos olhos de topázio brilhantes, que ficavam ainda mais brilhantes em contraste com seu smookei preto.
- Edward...sabe que eu não gosto de festas – disse
- Ah! Para se entregar de bandeja a um vampiro sádico que quer te matar, voce corre, agora uma festinha de colégio...! – ele riu.
- Vamos – ele abriu a porta do carona e me puxou para fora.
- Já volto – disse ele, antes me sentou em um banco que tinha antes da entrada do baile. Ouvi alguém me chamar
- Bella! – era Jacob
- Jacob! O que está fazendo aqui? Vai entrar de penetra ou veio aconpanhado? – perguntei
- Na verdade meu pai me pagou para vir falar com voce – disse ele se sentando ao meu lado
- Ah! Então fala – disse
- Ele quer que..voce termine com seu namorado – disse – ele disse ‘estaremos de olho em voce’
- Diga a ele que eu agradeço, e pegue a sua grana! – nós dois rimos, eu estava pronta para me levantar
- Eu te ajudo – disse Jacob me pegando pelo braço, me colocando de pé
- Jacob! – disse Edward que agora estava ao meu lado – deixa comigo – eles se encararam por algum tempo
- Entaõ até logo Bella – disse Jacob desaparecendo pela mata
- Te deixo sozinha por dois minutos, e os lobos caem em cima! – brincou Edward. Entramos dentro da festa, era cheia de gente, todos estavam alí, Jéssica com seu vestido rosa pink, com Mike. Angela com Erik e Tyler. Andanmos um pouco pela festa
- Não acredito que voce está me obrigando a isso! – falei
- Baile de formatura é um rito de passagem, não quero que perca nada! – falou ele. Andanmos mais um pouco pela festa
- Quer sair do meio da multidão? – perguntou Edward ao meu ouvido
- Quero – disse
Para sempre
Passamos pela porta principal e fomos até um jardim, onde tinha uma pista de dança vazia, toda decorada com luzes, estava escuro entaõ ficou perfeito o contraste das luzes, como em um conto de fadas. Edward me levou até a pista de dança, na hora começava a tocar uma musica lenta.
- vamos? – perguntou ele
- fala séio? – a possibilidade de eu conseguir dançar, mesmo sem uma perna quebrada era menos de 5%.
- Por que não? – ele me pegou, puxando meus pés para cima dos seus, segurava na minha cintura me fazendo deslizar sobre a pista.
- Viu está dançando! – falou ele dando um lindo sorriso torto
- No baile – disse sorrindo, mais algum tempo se passou, olhei nos seus olhos e fiz uma pergunta que eu queria fazer desde que abri os olhos no hospital
- Edward, por que voce me salvou? Se deixasse o veneno se espalhar...eu poderia ser como voce agora – disse num sussurro
- Voce não quer isso – disse ele
- Quero voce, sempre – admiti
- Eu não vou acabar com a sua vida por voce! – disse ele, sem perder a sinfonia de sua voz
- Alice disse que me viu como voce! Eu ouvi...
- As visões de Alice mudam...
- Com base no que as pessoas decidem – interrompi
- Eu me decidi... – sussurrei
- Então é com isso que voce sonha? Se tornar um monstro? – perguntou ele me descendo de seus pés.
- Eu sonho em ficar com voce para sempre – disse olhando fixamente em seus lindos olhos brilhantes.
- Para sempre? – perguntou ele
- É – respondi
- E está preparada para isso agora?
- Estou – respondi, ele passou a mão em meu cabelo e encostou os lábios frios em meu pescoço, senti um arrepio, quando ele deu um beijo no um pouco abaixo da minha orelha esquerda.
- E já não basta, ter uma vida longa e feliz ao meu lado? – perguntou ele ao meu ouvido
- Sim – disse afagando-lhe o rosto – por enquanto – ele deu um lindo sorriso, e continuamos a dança, ele colocou seus lábios frios nos meus, e eu continuei no meu conto de fadas, naquela noite de lua, uma linda noite de lua cheia.

“ Mas eu não vou desistir, eu sei o que eu quero”

Capitulo 15 - Paraíso
Quando acordei, estava num lugar branco, deitada, olhei em volta e vi meu braço paralisado com um soro
- que droga! – exclamei, eu odiava agulhas, soro essas coisas de hospital.
- Querida? – disse uma voz conhecida – Bella! – era a voz de minha mãe
- Mãe? – olhei para o outro lado da cama, eu estava tão atordoada que nem vi ela alí
- Ainda bem que voce acordou querida! – disse ela
- Mãe? Onde ele está...onde está Edward... – perguntei
- Ele está dormindo, nunca sai daqui – disse ela, eu olhei para um sofá que tinha dentro do meu quarto e vi Edward imóvel de olhos fechados. É óbvio que não estava dormindo.
- E seu pai está lá embaixo na lanchonete – disse Renée, passando a mão no meu cabelo.
- O que aconteceu?- perguntei
- Quando voce foi embora, Edward e o pai dele tentaram te convencer a voltar para Forks, voce foi ao hotel deles, e aí tropeçou escada abaixo, e atravessou uma janela! – contou ela
- É bem típico de mim! – respondi, é claro que eu me lembrava do que tinha acontecido, só queria saber o que Edward tinha inventado para minha mãe.
- Ah querida! Eu sinto muito! – suspirou Renée, ela pegou o celular e começou a digitar
- É o Phill, está muito preocupado com voce - disse ela
- Mandando mensagem? – perguntei
- Disse para ele ficar na Flórida, ah querida voce vai adorar Jacksonville, faz sol todos os dias, e tem uma casinha linda, voce vai ter seu próprio banheiro...
- Mãe! Eu quero ficar em Forks! – interrompi
- O que? – perguntou ela
- Quero ficar em Forks – afirmei
- Isso tem algo a ver com aquele lindo rapaz alí? – brincou ela, eu apenas dei uma risadinha
- Tudo bem mas vamos voltar a falar sobre isso! – disse Renée beijando minha testa.
- Mãe voce se importa de chamar o papai, eu queria me desculpar com ele
- Claro, e vou chamar um enfermeira também! – disse ela saindo porta afora, olhei para Edward e ele abriu os olhos
- O que aconteceu com o James? – perguntei preocupada por sair na rua a um vampiro sádico me sequestrar e me matar.
- Demos um jeito nele – respondeu Edward, seu olhos eram sérios e sua expressão era vazia – e a mulher, Victória, ela fugiu – ele se sentou do meu lado na cama
- Eu estou viva por sua causa
- Não voce está aqui por minha causa! – ele afagava o meu rosto levemente
- Bella...tem que ir para Jacksonville, para que eu não te machuque mais – disse ele
- O que? Voce está...não...não! – berrei, ele não podia me deixar, não agora!
- Eu não vou embora! Eu não vou! eu não possso deixar voce! Não podemos nos separar....!... – eu berrei tudo que tinha direito, ele segurou meu rosto e se aproximou de mim
- Tem razão – ele sussurrou – eu estou aqui agora, e vou ficar aqui para sempre
- Tudo bem, não pode me dizer essas coisas, jamais!
- Aonde mais eu poderia ir? – ele falou isso e beijou o alto da minha cabeça. Depois disso, fiquei no hospital uma semana, todos os dias Edward ficava lá, e Charlie é claro, não gostava.
Quando finalmente eu fui para casa, era sábado, bem no dia do baile, ótimo pelo menos eu tinha uma desculpa descente para não ir, quebrei a perna. Mas para o meu azar, Alice foi junto comigo para casa, aí tudo bem, mas depois
- Alice o que está acontecendo? – perguntei já no meu quarto
- Voce acha que eu e Edward, íamos deixar voce passar seu baile de formatura em casa? – disse ela
- Ah! Não! – bufei
- Sim, sim, eu vou arrumnar voce! – disse ela, e pegou um estojo de maquiagem e começou a me maquiar. Depois meu cabelo, ficou bonito, Alice era “expert” em maquiagem.
- E agora Bella, o seu vestido! – ela pegou um lindo vestido roxo, rodado, incrívelmente lindo. Peguei no tecido macio e na hora reconheci
- O vestido da loja de Port Angels? – perguntei
- Ele mesmo – respondeu Alice
- C...como? – eu não entendia como ela sabia que eu havia adorado aquele vestido
- Edward botou a sua habilidade pra funcionar naquela noite! – respondeu ela, e eu fiquei pensando, qual mente ele leu, Angela ou Jéssica?
- Agora tem que se vestir – disse ela, coloquei o vestido e ficou lindo, muito lindo! O vestido.
- E o complemento – lá vinha Alice com um colar de ametistas lilás.
- Alice...obrigada – disse
- Não há de que! – ela escancarou um sorriso
- Agora temos que descer, Edward está sofrendo com Charlie lá embaixo! – brincou ela. Ela desceu primeiro e eu fui em seguida, a tala da minha perna não me ajudava muito a me locomover. Ao descer vi que Edward estava na ponta da escada me esperando

Capitulo 14 - O anjo
- calma Bella! – dizia Alice aos berros, mas sua voz de sinos parecia não se modificar. Senti minha cabeça queimar com ose eu estivesse em uma fogueira, mas eu apenas conseguina me contorcer e gritar de dor. Senti Alice colocar a mão sobre o meu ferimento, em por um instante ela sacudiu a cabeça
- Carslile! Carslile! O sangue dela! – berrou Alice
- Alice – comecei, embora me contorcendo de dor eu tinha que falar – foi James que transformou voce! Ele me disse! Foi ele! – eu berrava
- A artéria femoral foi cortada, ela está perdendo muito sangue – disse a Carslile
- Não a minha cabeça está queimando! – gritei
- É o veneno – sussurrou uma linda voz conhecida, a voz de um anjo que parecia chorar sem lágrimas, a voz do meu anjo, Edward.
- Vai acontecer, eu vi – disse Alice
- Não tem que ser assim! – gritou Edward
- Alice, faça um torniquete com seu cinto, amarre acima das minhas mãos – dizia Carslile, senti uma pressão na minha perna, mas a dor da fogueira dentro de mim era maior.
- Carslile qual é minha outra opção? – falou Edward, ele me olhava, mas eu estava com os olhos totalmente focados, na fogueira onde estavam Emmet e Jasper segurando James contra o fogo.
- Alice! – gritou Jasper
- Alice, vai – disse Carslile, vi quando Alice se atirou contra o sádico vampiro que queria me matar.
- Carslile! – berrou Edward, mas sem nunca perder o sino na voz.
- Tente sugar o veneno – disse Carslile
- Sabe que eu não vou conseguir parar! – falou Edward com os olhos fixos em mim
- Vai ter que parar! Só restam a ela alguns minutos, decida-se! – alertou Carslile, Edward segurou minha mão, ele olhava fixamente em meus olhos
- Eu vou fazer a dor passar Bella – disse isso e colocou os lábios na ferida de meu pulso, eu olhava a fogueira e diante de meus olhos passavam os momentos mais felizes da minha vida, todos eram com Edward. ele sugava o meu sangue, mas eu não me importava, se ele me salvou de morrer tantas outras vezes, era por que tinha de ser ali.
- Edward pare! Voce está matando ela! – falou Carslile, mas ele não soltava o meu braço, eu o olhava, poderia ser a última vez que eu o veria. Toda minha vida, eu queria ter ficado com ele eternamente, mas isso não será mais possível agora, é hora de partir

Capitulo 13 - A caçada
Dentro do carro, liguei para minha mãe, imaginei que Charlie iria ligar para ela.
De novo o celular dela estava na caixa de mensagens
“ alo mãe? Eu não estou em Forks, mas está tudo bem, eu te ligo depois”
Jasper dirigia, tão rápido quanto Edward, mas o carro parecia que não se mexia muito, então eu consegui dormir um pouco. Quando acordei, estava numa cama, em um quarto fechado, não sabia que horas eram, nem quanto tempo eu havia dormido. Levantei da cama, e observei o quarto. Tinha paredes azuis, e brancas, tinha móveis da mesma cor. Abri a porta do quarto e na sala estavam Jasper e Alice sentados no sofá
- já acordou Bella? – disse Alice
- eu não consegui mais dormir, e como... – eu nem precisei terminar a frase
- ainda nada, tente dormir mais um pouco e... – ela parou e olhou o nada
- o que voce está vendo Alice? – perguntou Jasper
- o rastreador...ele mudou de rumo... – respondeu Alice
- para onde ele vai? Consegue ver? – perguntou Jasper
- espelhos...uma sala cheia..de espelhos – Jasper estendeu um papel e uma caneta para ela, e Alice desenhou, um arco de espelhos igual ao da minha antiga escola de balé
- interessante...esse arco é igual ao da minha antiga escola de balé... – disse ainda pensativa, na hora Alice desviou os olhos para mim
- já esteve aqui? – perguntou ela
- sim, tive aulas quando era criança, minha escola tinha um arco igual a esse – falei. Depois ela não falou nada e eu fui de novo para o quarto, tentar dormir. Deitei na cama, depois de alguns minutos senti que a cama balançou, tirei o travesseiro do rosto, era Alice
- Edward me disse que voce come com mais frequencia, quer comer alguma coisa?
- Não obrigada, não estou com fome – respondi, realmente não estava com fome
- Bella – disse ela – eu tenho uma curiosidade, é verdade que os humanos sonham...quando dormem?
- Bom – nunca ninguém havia feito uma pergunta destas para mim antes, o que eu poderia responder – é verdade
- Com o que? – perguntou Alice
- Com várias coisas, que acontecem
- Humm.. – eu fiquei me perguntando se Edward disse que eu falava dormindo.
- E Alice... – comecei com minha curiosidade – Edward me disse que...voce não se lembra da sua vida humana...
- É verdade...eu não consigo me lembrar... – respondeu ela pensativa
- Não se lembra nem como virou vampira? – perguntei
- Não – respondeu
- Voce sabe...como uma pessoa pode virar vampira? – perguntei interessada
- S...bom Edward não queria que eu te contasse...mas... – ele hesitou – não precisa estar morrendo para ser vampira, e Bella... – ela hesitou de novo
- O que? – perguntei
- Eu tive uma visão...um tempo atrás..antes de voce aparecer..que voce ia ser vampira –ela disse isso e eu fiquei de boca aberta,eu? Vampira?
- Nossa – disse – Alice...e vampiros tem sentimentos...iguais aos humanos? – minha curiosidade se atiçava a cada resposta
- Bella, eu não sei te responder... por que eu não me lenbro da minha vida de mortal, mas... se voce está falando, em dor,amor, solidão, posso te dizer que sim – respondeu ela na sua linda voz de sinos
- Era só curiosidade mesmo... – disse
- Bella! Pode me perguntar qualquer coisa! – disse ela numa risada
- Alice...por que...voces estam me protegendo? Eu não sou nada para voces, além de uma simples humana e...
- Voce acha que conseguiriamos olhar para Edward de novo, se deixassemos voce morrer Bella? Eu não conseguiria –ela deu uma pausa – antes Edward não era como agora, ele não ria, não se divertia... mas agora ele está feliz, e vendo ele assim, nos deixa feliz também – será que o ‘nos deixa feliz” incluia Rosalie também? Nesse momento meu celular tocou
- Alo? – disse ao telefone, enquanto Alice se levantava da cama
- Perdemos o rastreador – era Edward – mas a mulher ainda tá na área, eu vou te buscar, e voce e eu vamos para algum lugar seguro, sozinhos, eu fazer o que for preciso para te manter segura de novo – disse Edward – vou pegar o avião, chego em tres horas
- Está bem – respondi e desliguei o telefone, Alice e Jasper já estavam arrumando a mala, será que eles ouviram ou Alice teve uma visão?
- Bella, vamos lá embaixo ver quando chega o voo, já volto – disse Alice. Fui no meu quarto, e comecei a arrumar minha mala. Tocou de novo meu telefone olhei a tela “ ligação de casa”
- Alo mãe?recebeu meu recado?
- Bella! Bella? Onde está voce? – Renée estava aos gritos
- Calma mãe! Eu estou bem! – tentei acalmá-la
- Foi muito fácil para Victória achar oseu endereço, a escola de Forks não protege a privacidade de seus alunos – disse uma voz maligna, era James!
- Eu estava pronto para te esperar, mas a mamãe chegou em casa depois de receber uma ligação preocupada do papai e tudo funcionou muito bem! – dizia ele
- Não toca nela! Não! –eu berrava ao telefone
- Voce ainda pode salvá-la! Mas vai ter de se afastar dos seus amigos, voce faz isso? – disse ele
- Aonde eu te encontro?
- Que tal no velho estúdio de balé – sugeriu ele, eu me lembrei da visão de Alice, era o meu destino.
- Está bem. – desliguei o telefone. Antes de sair me lembrei de Edward, então escrevi uma carta
“ me desculpe Edward, mas James pegou a minha mãe, e eu tenho que salvá-la. Espero que um dia voce possa me perdoar. Eu te amo. Adeus. Ass: Bella ‘
Deixei a carta em cima da mesa de vidro da sala. Depois saí pela porta, tomando o cuidado de despistar Alice. Eles estavam na recepção, passei pela porta e fui direto para o primeiro táxi que vi. Entrei e era uma velha senhora que o dirigia
- para onde senhorita? – perguntou ela
- para o velho estúdio de balé – respondi
Enquanto ela dirigia, eu me lembrava da minha vida inteira, tentava concentrar minhas melhores lembranças

" Nunca pensei muito em como iria morrer, mas morrer no lugar de alguém que eu amo, parece uma boa maneira de partir.”

Desci do táxi, parei de frente ao estúdio, e eu não me arrependo das escolhas que me trouxeram diante da morte, foi essas escolhas que eu fiz, que me levaram até Edward. E se eu tivesse que passar por tudo isso novamente, sabendo que no final eu iria morrer, faria a mesma coisa.
Entrei no estúdio de balé, esperando pela morte
- Bella! Bella? Onde está voce? – era a voz de Renée
- Mãe? Mãe! – corri ao encontro da voz, vinha de dentro de uma das salas, abri a porta desesperada, e o que eu encontrei foi uma televisão com um dvd. Era o dvd de quando eu era criança, onde eu tinha me escondido para não ir para o balé, e minha mãe estava louca me procurando.
- Voce era uma menina teimosa não era? – disse a voz maligna atrás de mim. Me virei com medo, era James
- Ela nem está aqui! – disse, e um arrepio me percorreu quando James me empurrou para a parede, me prensando.
- Desculpa, é incrível saber que voce tornou as coisas tão fáceis – disse fungando o a ar em volta dele.
- Para tornar as coisas mais interessantes, decidi fazer um filme, sobre o nosso tempo juntos – ele pegou uma camera entre as mãos
- Peguei na sua casa, espero que não se importe – ele arreganhou os dentes, e um frio me percorreu, e sai correndo para a porta, mas James apareceu na minha frente, e me pegou pelo pescoço e me jogou deitada contra uma parede.
Senti uma dor terrível na minha cabeça e logo depois um líquido quente escorrendo em meu cabelo, coloquei a mão, era sangue.
James se aproximou com a camera em meu foco
- lindo, visualmente dinâmico. Oh! Isso vai partir o coraçãozinho do Edward!
- ele não tem nada ver com isso! – berrei
- tem sim! Ele e a família dele! Se não fosse por eles eu teria pegado Alice, antes! – disse
- foi voce que transformou Alice? – perguntei transtornada
- claro .A única presa que eu perdi foi ela! – ele se aproximou e colocou a mão gélida em cima do meu tornozelo
- é uma pena que ele não teve força para te transformar, ele te deixou sendo essa humana frágil, chega a ser cruel! – ele forçou meu pé com meu tornozelo, eu senti uma dor horrível, ouvi o barulho dos meus ossos se quebrando dentro da minha perna
- diz pro Edward o quanto dói! – ele apontava camera para mim e eu gritava de dor – diz pra ele se vingar! Diz!
- Edward não! – berrei. De repente ouvi um estrondo, e Edward estava lá, parado ao meu lado, ele me pegou no seu colo passei a mão no seu rosto, ele me olhava
- Me perdoa – ele sussurrou, e me pegou no colo, e ia pular janela afora, foi aí que algo nos puxou para baixo, eu caí em cima de um espelho que se quebrou quando eu caí, fiquei cortada pelos cacos de vidro, e mais sangue, se esparramava pelo chão. Vi que Edward tinha sido arremessado contra uma janela, e que James já estava do meu lado, ele pegou meu braço, levou até a boca, e mordeu um pouco acima de meu pulso. Nesta hora Edward pulou em cima dele e o arremessou sobre os espelhos, enquanto eu senti minhas veias arderem, parecia que eu estava pegando fogo por dentro. Comecei a gritar, ouvi rosnados ferozes vindo de Edward, e de repente vi o lindo rosto de alice acima de mim
- Bella! Bella? Voce está bem? Calma! – dizia ela

Capitulo 12 - O Jogo
Naquele dia eu acordei, e vi que Edward não estava lá. Então olhei pela janela, e vi que o tempo estava nublado e vinha uma tempestade a caminho – como falou Alice – pensei. Escovei os dentes, desci e vi que Charlie ainda estava em casa, que estranho
- oi pai – disse me sentando para tomar café
- oi Bella – disse ele desviando os olhos do jornal. Tomei café, e subi, me arrumei e ouvi um barulho vindo do lado de fora
- oi – disse Edward pulando janela adentro
- o que está fazendo aqui? – perguntei
- tenho que falar com seu pai, não vou sair como um fugitivo! – disse como se fosse óbvio
- mas voce vai descer pela escada? Charlie vai atirar em voce! – é claro que ele não iria morrer com um tiro
- calma! Só vim te avisar, vou entrar pela porta, como humano. – ele destacou a palavra “humano” depois desceu pela janela. Desci as escadas, fingi dar uma olhada na rua, depois voltei
- pai – disse
- sim – respondeu ele
- eu já to indo – falei
- está bem – disse
- mas antes... – ele revirou os olhos para mim quando eu disse isso
- o que? – perguntou ele
- Edward quer falar com voce...sabe te conhecer..oficialmente – respondi e vi que Charlie fez uma cara de enterro desgraçada quando pensou que Edward iria entrar dentro da casa dele.
- Está bem - ele olhou para o armario onde guardava a arma – manda ele entrar!
- Será que voce poderia ser amável? – alertei-o – só desta vez?
- Não se preocupe, não vou atirar nele...pelo menos hoje não – respondeu meio debochado. Sai na porta e Edward já estava lá, eu tinha que me acostumar com a sua velocidade. Ele já foi entrando, fui atrás dele,Charlie ficou de pé
- Sr. Swan – começou Edward, ai meu deus! Edward, Charlie e a palavra” encontro” no mesmo lugar...não vai prestar!
- Bella não vai chegar tarde hoje, ela só vai jogar beiseboll com a minha familia – disse muito formalmente
- Beiseboll? Bella vai “jogar” beiseboll? – perguntou Charlie
- Sim esses são os planos! – respondeu Edward, Charlie e ele deram boas risadas, com a ridícula idéia de eu condseguir jogar.
- Divirtam-se! – disse Charlie. Eu peguei na mão de Edward, ah Charlie poderia lidar com isso!, e fui o puxando para a rua. Ainda antes de sair Charlie sussurrou atrás de mim
- Bella, quero que leve isto, só por precaução – ele me estendeu um spray de pimenta, ainda bem que Edward não viu!
- Pai! – respondi protestando
- Vou ficar tranquilo, não é por causa dele, é por causa desses ataques que estam acontecendo – ele protelou
- está bem! – disse
- até mais – respondi e sai pela porta. Chegando lá na rua, longe dos olhos de meu pai, Edward tirou aquele casa de “nevasca” e ficou só com uma camisa de mangas curtas
- voce parece que não sente frio – afirmei
- nem frio nem calor, só tento me adaptar ao que os humanos estam vestindo – disse Edward, e depois fomos até um campo, e ele tomou vários atalhos no meio da floresta até chegar aonde eles “poderiam” jogar. Era um campo enorme, estavam lá todos os Cullen, dispostos pelo campo. Edward me levou até Esme
- que bom que veio, precisamos de um juiz! – disse ela com um sorriso escancarado nos lábios
- ela acha que a gente rouba! – falou Emmet que estava atrás de mim
- eu sei que roubam! – afirmou Esme, enquanto passava a mão por meus ombros e me levava para a beira do campo
- não se deixe intimidar, apite de vir alguma coisa! – disse ela me entregando um apito nas mãos.
- Está na hora! – gritou Alice do meio do campo, começava a trovejar, todos os Cullen foram para o campo. Se dispersaram em dois times: Edward, Alice e Emmet num time, e Rosalie, Caslisle e Esme, no outro.
De repente começaram o jogo, Alice lançou a bola, Rosalie rebateu para longe, enquanto ela corria para dar a volta no campo, Edward ia buscar a bola, numa velocidade incrível.
- vai ser um “home-ran” não vai? – perguntei para Esme, que era a ‘receptora”
- Edward é muito veloz! – exclamou ela, nisso Rosalie estava dando a volta no campo, em alta velocidade, mas antes disso Edward arremessou a bola para Esme que a pegou, antes que Rosalie pudesse dar um volta completa. Esme olhou para mim
- Está fora! – disse meia encabulada
- Isso! Fora! – gritou Emmet do outro lado do campo, Rosalie se levantou, me olhou com uma cara de”carrasco” e foi para fora do campo
- Que que eu fiz? – perguntei a Esme
- Nada Bella, ela é assim mesmo – disse Esme
- Qual é gata, é só um jogo! – exclamava Emmet no meio do campo. Era incrível ver os Cullen jogando, eles eram rápidos demais, e fortes, o estrondo de um trovão não se comparava quando eles rebatiam um bola. O jogo estava quase acabando quando Alice gritou no meio do campo
- Parem! – gritou ela, e todos em meio segundo estavam ao meu redor
- Eles estam vindo para cá, eu tive uma visão! – disse ela, enquanto Edward já estava me puxando para o carro
- Vamos embora! – disse Edward
- É tarde demais! Eles já sabem que estamos aqui! – falou Carslile, Edward se virou para mim
- Solta o cabelo – ordenou ele, eu soltei é claro, mas sem entender nada
- Como se isso ajudasse! Sinto o cheiro dela, do outro lado do campo! – falou Rosalie com ar de nojo.
- O que...está acontecendo? – perguntei quase sufocando
- Me desculpe, eu não deveria ter te trazido! – falou Edward, agora em voz baixa e alarmante
- O quê...? – perguntei de novo
- Fica quieta e atrás de mim! – ordenou ele enquanto íamos para o meio do campo. Todos ficaram fitando a floresta, quando de repente , saíram três pessoas. A primeira, era uma mulher de cabelos ruivos, e olhos ferozes, tinha a pele branca, como a de um vampiro. O outro era um homem, de cabelos loiros, amarrados para trás, com os mesmos olhos ferozes da primeira. E o terceiro, tinha os olhos totalmente vermelhos, era negro, mas tinha certa palidez na pele. Enquanto eles vinham ao nosso encontro, eu me perguntava - quem são eles? – e quanto mais eles se aproximavam, mais meu coração tremia, esperando pelo pior.
Eles pararam bem na nossa frente, olhavam para todos
- olá, parece que isso é de vocês – disse o homem de olhos vermelhos, estendendo a bola de beiseboll
- obrigado – disse Carlisle
- eu sou Laurent, -disse este mesmo-, esta é Victória, e aquele é o James – ele apontou cada um deles.
- eu sou Carslile, e essa é minha família – disse Carslile
- humm... não sabíamos que o território havia sido ocupado! – falou Laurent
- é nós temos residência permanente por aqui – falou Carslile
- nós mandamos os humanos para o leste, estaram seguros – falou Victória pela primeira vez, eles eram vampiros, agora que eu estava notando isso, e para os Cullen terem tantas preocupação, eles não estavam costumados com essa dieta vegetariana. Eram os vampiros maus.
- Bom, que tal uma partidinha? – falou Laurent com um sorriso, mostrando todos os dentes reluzentes, isso me fez tremer, mas Edward me apertou contra seu corpo, mais forte.
- Na verdade, nós estávamos de saída – falou Carslile, era só ele que falava com os vampiros maus mesmo!
- Ah! Que isso! É só um jogo, por favor! – disse Laurent arreganhando mais os dentes, desta vez eu me controlei para não tremer.
- Está bem – disse Carslile – podem substituir alguns dos nossos que estam saindo – realmente, Carslile tinha pensamento rápido, assim eu , Edward e Alice poderíamos sair.
- Minha bola curva é excelente! – falou Victória
- Nós damos conta! – respondeu Jasper
- É isso que vamos ver! – disse ela, e todos foram para o campo, exceto James, que ficou me encarando. Eu tentava não olhar para ele, olhava para Edward, que me segurava pela lateral do corpo. Edward também encarava James, ficaram assim por algum tempo, até que James ia se virando para ir para o campo, quando o vento atravessou meu cabelo, levantando- o, James se virou na hora, fungando o ar a sua volta.
- Voce trouxe um lanchinho! – disse ele se pondo em minha direção, ouvi um rosnado aterrorizante que vinha de Edward, e de repente todos os Cullen estava m na minha frente, Esme me puxou para trás dela. Todos em posição de ataque.
- Uma humana? – exclamou Laurent
- A garota está com a gente! – falou Carslile
- Eu acho que o jogo acabou! – falou Laurent, se afastando, mas James e Victória, ainda estavam em posição de ataque.
- James! – falou Laurent, depois de mais alguns segundos, James se afastou e depois Victória foi atrás dele. Quando sumiram pela floresta, todos se voltaram para mim
- Me desculpe Bella! Eu não tinha visto que eles chegariam...se eu tivesse visto... – começou Alice
- Edward tire Bella daqui! O resto vem comigo! – ordenou Carslile. Edward me pegou pela mão e me levou para o carro, quase correndo. Abriu a porta e eu entrei, depois ele entrou na floresta como um louco, passando por cima ce tudo que tinha pela frente.
- Agora ele vai ficar atrás de mim!? – berrei
- James é um rastreador, a caçada é sua obsessão, e minha reação no campo detonou tudo, tornei isso o jogo mais excitante da vida dele! Ele nunca vai parar! – berrava Edward ao volante
- O que vamos fazer agora?! – perguntei
- Vou tirar voce daqui, te levar para um lugar seguro! – respondeu ele, agora mais calmo.
- tenho que ir para casa! Voce tem que me levar pra casa! – berrei de novo, pensando na preocupação de Charlie se eu não voltasse
- não pode ir pra casa! É o primeiro lugar que ele vai procurar! – disse ele
- mas o meu pai tá lá! – berrei de novo
- não importa! – gritou ele
- importa sim! Ele é meu pai! Temos que fazer alguma coisa!- agora eu estava quase sufocando – sei lá, a gente despista ele, mas temos que fazer isso! – berrei, e desta vez ele não respondeu. Apenas fez o retorno,
- eu vou dizer a Charlie que vou para Phoenix, assim ele tem que me deixar ir! – falei
- É bem provável que James já esteja por aqui! – disse ele num rosnado
- Ótimo, assim ele escuta e vai atrás de mim em Phoenix! – falei
- Bella – ele se continha para não gritar – ele não é burro, se voce disser que vai a algum lugar, ele vai procurar emn outro, James é um profissional!
- Ótimo, então me leva para Phoenix! – disse, ele não respondeu.
- Edward eu tenho uma idéia – falei
- Depois! Já está em casa – agora eu vi que estava parada na frente de casa – voce tem cinco minutos, se não sair em cinco minutos eu vou lá buscar voce! – alertou ele, desci do carro ele foi atrás de mim, chegamos na porta
- Edward tudo que eu disser agora...não acredite! – disse e lhe dei um beijo, ele passou a mão delicadamente no meu rosto
- Bella o que voce...
- Confie em mim! – sussurrei e abri a porta. Charlie estava esparramado no sofá da sala, aí eu gritei
- Edward me deixe em paz! – berrei bem alto, acordando Charlie
- Bella não faça isso, por favor! – disse Edward
- Acabou! Vá embora! – bati a porta e fui subindo a escada, Charlie vinha atrás de mim
- O que aconteceu? – perguntou Charlie
- Eu vou embora agora! – gritei, e fechei a porta do quarto. Edward já estava no meu quarto, com uma mala de roupas aberta em cima da cama. Comecei a pegar as roupas, joguei tudo ali dentro.
- Bella o que está acontecendo? – perguntava Charlie
- Eu não posso magoá-lo... – sussurrei
- Voce tem que fazer isso, é para o bem dele... – falou Edward, assenti com a cabeça
- Vou estar lá na picape – falou ele, eu peguei a mala e sai do quarto, pegando algumas coisas no banheiro
- Ele machucou voce? – perguntou Charlie
- Não! – repondi, passando pelo corredor
- Ele terminou com voce? Ou algo assim?
- Não!...e..eu que terminei com ele! – eu era péssima mentirosa, tentei me concentrar em não entregar tudo.
- Pensei que gostasse...dele! – exclamou Charlie
- Eu gosto! – isso não foi mentira – é por isso que eu tenho que ir embora! Isso não é pra mim! Eu não quero isso! Eu tenho que ir pra casa! – desci as escadas, Charlie veio atrás de mim
- Casa? – murmurou ele – é muito tarde, eu te levo amanhã! – disse ele
- Não pai eu vou dirigindo! Exclamei
- Voce não vai dirigindo para casa! – apesar da preocupação, ele devia estar se questionando “ela vai bater o carro”
- Espere até amanhã, se ainda quiser ir...eu te levo! – disse ele
- Eu quero ir dirigindo! – disse, abrindo a porta
- Bella! Eu sei que não é muito divertido ficar aqui comigo...podemos mudar isso... – ele falou e me cortou o coração
- Essa vida não é pra mim pai! – eu estava botando certa verdade nas palavras – se eu não for embora agora...vou ficar presa aqui como a minha mãe! – sai pela porta, entrei no carro e fui, pelo retrovisor, vi Charlie parado na porta, com a mesma expressão de dor, de quando minha mãe o deixou.de repente senti um estrondo no carro, era Edward, abriu a porta do motorista
- Seu pai vai te perdoar – falou ele – porque não me deixa dirigir? – larguei o volante, ele foi me empurrando para o banco do carona, me recostei na janela do carro olhando para rua
- Ele não vai, tinha que ter visto a cara dele – falei meio choramingando – eu disse a mesma coisa que minha mãe falou quando deixou ele – falei, Edward não disse nada. Fiquei olhando para rua, até que chegamos na casa dos Cullen, desci do carro e Edward me segurava pela lateral do corpo, talvez se ele não estivesse me segurando eu cairia no chão. Assim que entramos na casa, eu não vi direito, mas Edward me puxou para trás de si, e deu um rosnado terrível
- Calma! – berrou Carslile – ele veio nos avisar...sobre o James! – foi aí que eu vi que era Laurent que estava dentro da casa.
- Eu vim avisar por que eu estou cansado dos joguinhos dele! – dizia Laurent – mas ele temn sentidos incomparáveis, altamente letais, eu nunca vi ningupem como ele nos meus 300 anos! E a mulher, Victória, não a subestime! – dizendo isso Laurent saiu pela porta.
- Vamos – disse Edward me levando para a garagem, estavam todos reunidos lá, eles tinha muitos carros também, uns 6!
- Náo é fácil matar gente da nossa espécie! Mas não é impossivel! – falou Emmet
- Isso! Vamos esquartejar e queimar os pedaços! – concordou Jasper.
- Não gosto de matar gente da nossa espécie,mesmo um sádico como o James! – disse Carslile
- Vou levar a Bella para o sul, acha que pode despistar o rastreador? – perguntou Edward
- Não Edward! Ele sabe que não se afastará dela, vai te seguir – concluiu Carslile
- Eu levo a Bella para o sul, vou cuidar dele Edward! – disse Alice com sua voz de sinos
- Guarda suas visões para voce? – perguntou Edward
- Sim – disse Alice me puxando para o carro dela. Vi que Edward estava com meu casaco, pensei em pedir de volta, mas não quis chamar muita atenção param mim.
- Rosalie, Esme – começou Edward – podem colocar isso para que o rastreador sinta o cheiro da Bella? – ele jogou meu casaco em cima de Rosalie, ela fez uma cara de nojo
- Por que? O que ela é para mim? – disse ela
- Rosalie, Bella está com Edward, ela é da familia agora, e protegemos nossa familia – disse Carslile, ela pegou meu casaco e foi para o carro dela. Edward foi até o lado de fora do carro de Alice, se inclinou em minha direção
- Se algo acontecer... – comecei
- Nada vai acontecer, nós somos 5 eles são só 2! – disse ele, afagando o meu rosto, fechei os olhos e senti o doce aroma que vinha dele
- Bella eu t... – ele se interrompeu quando o carro saiu.

Capitulo 10 - Carslile
Era bem clara e aberta, com uma janela enorme que dava para um riacho, eu podia ouvir o barulho da água.
- quero te contar uma história – disse Edward antes que eu pudesse perguntar alguma coisa
- que história? – perguntei curiosa
- a história de Carslile, ou ‘transformação de um humano para um vampiro” – disse ele e eu logo me interessei, fiquei o olhando, paramos sentados em um grande sofá vermelho que tinha perto da janela aberta, era realmente relaxante ouvir o barulho da água, se eu não estivesse tão interessada na história, poderia dormir ali.
- Bom tudo começou á muito tempo atrás, “muito mesmo” – ressaltou ele – Carslile era filho de um pastor de uma igreja, e em um dia uma criatura invadiu a cidade, e estava matando as pessoas, então foi convocado várias pessoas para irem atrás dessa criatura, e Carslile foi uma delas. – ele suspirou e depois continuou – eles perseguiram a criatura pelo esgoto, e depois ela se escondeu, e entaõ o grupo se separou para procurar por ela. Tinham que ter cuidado pois a criatura, tinha uma espécie de veneno nas mandíbulas que fazia acontecer uma transformação – ele me olhou – e todos que ela mordia eram mortos, as pessoas tinham medo do que poderia acontecer. Então Carslile seguiu por um túnel e ouviu um barulho, era a criatura. Tentou correr mas ela era muito rápida e ela o alcançou e deu-lhe uma mordida bem no braço esquerdo. Ele só não morreu por que um dos que vieram junto com ele, passava pelo túnel e distraiu a criatura que passou a persegui-lo. Carslile se escondeu em um buraco escuro, cheio dos restos de restaurantes, a criatura foi morta no fogo e esquartejada. Ele aguentou firme toda a dor da transformação, por tres dias e depois desmaiou. Quando acordou estava diferente, estava mais forte, mais rápido e sentia vontade de beber sangue. Ele saiu em um beco e logo que se colocou no sol, viu que sua pele agora pálida, brilhava. Ficou horrorizado e fugiu para a floresta, onde se alimentou de pequenos animais, se mantendo distante de qualquer pessoa temendo o que poderia acontecer. Ele tentou se matar diversas vezes,mas nada adiantou. – Edward me olhou para ver minha reação até o momento- durante anos ele tentou entender no que havia se transformado, até que descobriu que havia outros iguais a ele na Itália. E ele foi até lá nadando.
- Nadando? – não pude deixar de perguntar
- Sim, é que nós vampiros...não precisamos respirar, é mais um hábito do que uma necessidade – explicou ele e depois continuou – ele nadou durante uma semana, até que chegou na Itália, na Volterra. Lá encontrou os volturi, que eram vampiros que não se alimentavam de pessoas assim como ele – Edward me apontou um quadro pendurado mn parede
- Aqueles são os Volturi – disse. Eu me levantei e fui até o quadro eram tres, um loiro, um de cabelos brancos e outro moreno.
- São os irmãos Volturi – falou Edward
- E o que aconteceu depois? – perguntei
- Carslile não conseguiu se habituar com os Volturi, então voltou para a américa, e em muitos anos, se formou médico. Demorou muito tempo para ele conseguir controlar a sede, e até que ele conseguiu – ele suspirou – então ele estava se sentindo sozinho quando me encontrou, e me transformou. Eu sou como um filho para ele, e depois de mim Esme.
- Como foi a transformação de Esme? – perguntei curiosa
- Ela se jogou de um penhasco e estava quase morrendo – respondeu ele
- E a de...Rosalie?
- Não foi Carslile que transformou Rosalie, foi outra pessoa, e Carslile trouxe ela da Itália, para aumentar a família, para ela ser para mim, o que Esme é para ele. – ele suspirou – mas nós somos apenas como irmãos – eu nem tive tempo de elaborar pergunta nenhuma, só ficava passando na minha cabeça ‘ o que ele viu em mim então?’
- E antes que voce me faça mais perguntas – começou ele – Emmet foi Rosalie que transformou, e foi difícil, ele havia sido atacado por um urso pardo na montanha, quando Rosalie o achou e decidiu transforma-lo, Carslile esteve o tempo todo ao lado dela, a ajudando – ele parou e retomou depois – Alice ninguém sabe
- Como assim? – não pude me conter
- Na verdade foi ela que nos encontrou, ela não se lembra quem a transformou, só lembra que acordou numa sela de prisão abandonada, e já era vampira. Se ela não tivesse “visto” que ia fazer parte da familia, teria matado pessoas
- E Jasper?
- Foi Alice que o encontrou – ele parecia perdido em pensamentos
- E porque alguns vampiros tem poderes especiais e outros não? – agora as perguntas surgiam sem que eu sequer pensasse se perguntaria ou não para ele.
- Tem a ver com as sensibilidades que voce tem quando humano – ele me olhava agora parecia de volta a realidade – Carslile era a bondade, Esme a ternura, Rosalie a ...beleza, Alice a o poder de ver o futuro, Carslile acha que ela já poderia ser vidente quando humana e os poderes se aperfeiçoaram. Jasper tinha muita influência em relação as pessoas, por isso ele pode influenciar as emoções de alguém apenas tocando na pessoa e eu...voce já sabe, Carslile acha que eu poderia ter tido muita facilidade para saber o que as pessoas estariam pensando, e os poderes se aperfeiçoaram – ele estendeu o braço e tocou meu rosto
- E como era... – eu estava incerta quanto a pergunta - ...sua vida humana? – ele fez uma careta e na hora soltou meu cabelo
- Eu... – ele parecia perdido em lembranças ruins - ...não me lembro da minha vida humana, só depois que eu me transformei, que fiquei revoltado com o que eu havia me tornado, e até que um dia eu sai de casa, e fiquei anos fora, estive prestes a fazer vitimas humanas... – ele parou - ...mas não tive coragem, então depois de tanto tempo voltei para Carslile e ele me recebeu de volta. Entaõ desde ai vivemos como uma familia – nesse momento Carlisle entrou na sala
- Parece que voce contou algumas histórias para Bella, Edward – disse ele entrando na sala
- Carslile – disse Edward
- Dr. Cullen – disse eu
- Não , não , não, só sou Dr.Cullen no hospital! Me chame de Carslile! – disse ele rindo
- Está bem Carslile – respondi. todos rimos
- Vim buscar voces Esme quer fazer uma reunião de familia! – disse Carslile
- Entao vamos – disse Edward me puxando para a porta. Fomos até o fim do corredor e lá estava toda a família dentro de uma sala, cheia de luz, e bem no meio da sala tinha apenas um piano. Esme olhou para Edward
- Edward – disse ela com um sorriso nos lábios
- Nem precisa dizer nada! – disse ele retribuindo o sorriso. Ele se dirigiu ao piano, de repente Alice estava me empurrando para o piano também, e fez com que eu sentasse do seu lado. Ele começou a tocar uma composição muito bonita, que eu nunca havia ouvindo antes. Fiquei olhando ele tocar e quando dei por mim, estava sozinha com ele na sala, de longe posso ter jurado ouvir o risinho malicioso de Alice.
E logo depois, não sei o porque, comecei a chorar
- porque esta chorando? – perguntou Edward parando a melodia
- a musica... é muito linda! – respondi entre soluços
- as vezes eu não te entendo, voce chora quando está triste e chora quando está feliz? – perguntou pegando uma mecha do meu cabelo para secar uma lágrima que teimava em cair

- atitudes humanas – respondi tentando controlar as lágrimas. Ele parou de tocar a música

- vou te levar para casa, se não Charlie vai ter um taquicardio! – disse sorrindo, era incrível como ele conseguia me fazer esquecer de tudo. Foi neste instante que percebi que já era quase noite.

- Vamos – respondi. descemos e fomos até a porta onde estava Esme

- Adorei te conhecer querida! Volte sempre que quiser! – ele era muito amável e incrivelmente linda. Assenti com o melhor sorriso que pude, e depois sai me dirigindo ao carro, e Edward, sendo um cavalheiro, abriu a porta do carro para mim. Fizemos toda a viagem de volta sem dizer quase uma palavra, eu apenas olhava o caminho, árvores, brisa levemente gelada, por um momento isso me pareceu perfeito, eu poderia conviver com aquilo para sempre... foi aí que notei que tínhamos chegado na minha casa

- E então? – disse Edward numa voz de sinos maravilhosa – vai amanhã?

- Claro que vou, só tenho que falar com Charlie antes – respondi

- Está bem – ele pelo vidro do carro e depois para mim de novo

- Se incomoda se eu for “invadir” seu quarto de novo? – perguntou debochado como sempre

- Não deveria perguntar se “eu” me incomodo, talvez Charlie se incomode... – falei debochada, ele riu e assentiu

- Até depois então – disse ele e eu sai do carro entrando para minha casa. Do meu quarto vi quando o volvo deu a partida.

Em alguns minutos Charlie já estava chegando, entrou pela porta da cozinha e se dirigiu ao sofá
- oi Bella – disse ele
- oi pai – disse muito simpática, preparando o terreno
- pai... eu tenho um encontro com Edward cullen amanhã – falei isso e o som ecoou pela casa, como se fosse o tiro inicial da rebelião adolescente
- pensei que não gostasse dos garotos da cidade? – disse ele
- ele não é da..cidade – tentei retrucar
- ele é um pouco velho pra voce, não é? – disse Charlie
- não... – por um momento me passou pela cabeça a verdadeira idade de Edward – nós estamos na mesma sala – concluí
- está bem então, quando é?
- Amanhã – respondi , Charlie não disse mais nada então achei melhor não puxar nenhum outro assunto. Coi, tomei banho e escovei os dentes. Quando entrei no meu quarto, por um instante olhei meu computador, mas pensei – estou cansada demais para isso – deitei, ouvi o vento que soprava na minha janela, me concentrei nele, e depois ouvi outro ruído na janela
- Olá – disse Edward pulando janela adentro
- Charlie está acordado – alertei
- Eu sei...mas está muito concentrado no jogo – disse sorrindo, se sentou do meu lado me fitando
- Qual é o assunto? Interrogatório? De hoje – perguntei
- Nenhum – disse com lindos olhos cor de topázio – só quero ver voce dormir
- Tem medo que eu me sufoque dormindo ou o quê? – perguntei tentando faze-lo sorrir
- Não é isso – ele hesitou – gosto de ficar com voce – ele se ajeitou bem do meu lado me puxando para seu peito, eu estava enrolada em meu cobertor, se não eu congelaria junto ao seu corpo gelado.
- Rosalie não gostou muito de mim não é? – perguntei
- Não é exatamente isso... – começou ele
- É que Rosalie...não queria ser vampira, e vendo voce...ela...- ele hesitou
- Ela não queria ser vampira? – perguntei, como alguém não gostaria de ser imortal?
- Ela na verdade. Queria ter uma família, envelhecer, ter filhos, essas coisas que acontecem com as pessoas – explicou ele.
- Mas..o que eu tenho a ver com isso? – perguntei. Ele ficou rígido, não se mexia, foi erro meu fazer essa pergunta que agora parecia “óbvia demais’
- É que ela acha, que voce também vai virar vampira – disse ele fitando o nada . fiquei calada
- E ela não deseja que nenhum humano, tenha essa experiência de solidão... – ele falava entrecortes
- Mas ela tem o Emmet – retruquei
- Não é a mesma coisa Bella! – disse baixo mas grave – é diferente... – concluiu
- Como diferente?
- O sonho de Rosalie sempre foi ter um bebê, e ela não pode ter – disse, ainda olhando o nada, sua expressão era vazia
- Mas ela pode adotar – eu disse – como Carlisle fez
- Não é a mesma coisa que gerar uma criança, e ela nunca vai ter essa experiencia, e isso é triste...
- Ela não pode ter filhos no sentido, “não pode gerar um bebê” ou no outro sentido... – perguntei curiosa quanto a isso
- Bella, quer saber se eles são um casal de ‘verdade’? – perguntou virando-se para mim, agora o brilho acobreado de seus olhos voltara, e ele sorria.
- É.. – respondi meia envergonhada, não falava dessas coisas com ninguém, no máximo com a minha mãe, e olhe lá...
- São – respondeu ele – e a cada 10 anos mais ou menos, eles casam-se de novo e destroem uma casa – ele falava debochado
- Des...troem... – a palavra saiu cortada, mas antes que ele pudesse responder eu já havia sacado
- Ahhh! Entendi! – olhei para baixo
- Vampiros costumam ter muita força – respondeu ele. Me puxou para mais perto de si, eu me aninhei nele, recostando a cabeça em seu peito de mármore, nesse momento começou a chover
- Quer que eu cante para voce dormir de novo? – falou com uma linda voz melódica, fechei os olhos e assenti com a cabeça. E mais uma vez dormi, e sonhei com o paraíso, diferente do que eu pensava que poderia ser, tinha sobretudo, muito verde.

Capitulo 10 - Lindo vampiro

Mal abri a porta, e tirei minha roupa encardida de musgo e plantas, e coloquei meu pijama, uma blusa azul escura de mangas curtas e um shorts azul claro, que ganhei da minha mãe no ano passado. Fui ao banheiro, escovei os dentes, procurando bater bem as portas para que Charlie ouvisse que eu estava indo dormir e não tentar fugir de casa. Abri a janela, estava calor, o que era raro então resolvi aproveitar o vento abafado que vinha da rua. Deitei na cama, fechei os olhos por uns dois minutos, imaginando o lindo rosto de Edward olhando para mim
- já vai dormir? – ouvi sua linda voz, e imaginei estar dormindo. Mas vi que não quando senti seus lábios no meu cabelo, dei um pulo da cama caindo sentada no chão
- nossa! É tão fácil assustar você! – disse ele rindo baixo
- co...como entrou aqui? – minha voz falhava
- pela janela – disse ele como se fosse óbvio, eu me levantei do chão e sentei do lado dele na cama.
- Costuma fazer isso?
- Só nos últimos meses, e você é muito interessante quando dorme! – ele sussurrava bem perto de mim, e eu me perguntava se Charlie havia ouvido quando eu caí no chão
- Você é muito criativa quando dorme sabia? – disse ele pegando uma mecha do meu cabelo e passando entre os dedos, minha mãe uma vez me disse que eu falava dormindo, mas obviamente eu não acreditei.
- Como assim? – tentei esperar que não fosse isso
- Você fala dormindo – disse ele as três palavras que no momento estavam me aterrorizando, tive vontade de me atirar da ponte! ainda bem que em Forks não tem ponte. Minha fonte de raciocínio em todos esses meses era meus sonhos, e se eu falava dormindo... me recusei a pensar nas bobagens que poderia ter falado, sacudi a cabeça, mas não pude deixar de perguntar
- O que eu falava? – perguntei aflita
- Não seria certo eu contar!
- Por favor
- Eu posso te dizer que voce não fala, voce praticamente grita! A sua sorte é que nas vezes em que Charlie veio no seu quarto, voce não falou nada demais – disse ele rápido demais, demorei alguns segundos para assimilar tudo
- Charlie? – perguntei, percebi que Edward estava falando muito baixo, então Charlie deveria estar acordado
- Sim, ele vinha pronto para te esganar! – brincou ele
- E desde quando você vem bancar o “vigia do sono” aqui?
- Desde que te salvei da van – respondeu naturalmente
- Chega de falar disso! – balancei a cabeça, pensando nas inúmeras declarações de amor e de raiva que eu fiz dormindo.
- Do que quer falar então? – perguntou ele chegando mais perto de mim
- Você não veio aqui só para me contar que eu falo dormindo – afirmei, ele me olhou profundamente nos olhos chegando mais perto de mim
- Na verdade, quero provar uma coisa – dito isso ele foi chegando mais perto de mim, e mais perto – não se mexa – sussurrou ele. Eu fiquei imóvel na cama, nossos lábios quase se tocando, tentei chegar mais para frente
- Não se mexa – sussurrou ele mais baixo ainda, de olhos fechados, de repente seus lábios se apertaram contra os meus com força, sem pensar duas vezes me atirei em seus braços, me entregando totalmente ao meu lindo vampiro.
Ele segurou firme na minha cintura, e me derrubou para cima da cama, por poucos segundos ele ficou em cima de mim. Ouvi um grunhido que vinha de seu peito e logo depois ele deu um pulo para trás, e parou do outro lado do quarto. Esperei ver Charlie entrar pela porta com uma espingarda e dar o flagra mas isso não aconteceu.
- Me desculpe – disse
- Sou mais forte do que pensei – respondeu ele se virando para a janela
- Eu queria poder dizer o mesmo – respondi, ele ainda estava virado para a janela
- Não vá embora – disse. Ele se virou para mim e sentou nos pés da cama.
- Me perdoe pelo que aconteceu – sussurrou ele, agora ele parecia se recompor.
- Não foi nada... – tentei justificar alguma coisa mas nada me ocorreu.
- Bella – começou ele – você é extremamente quebradiça sabia? – seus olhos eram ternos mas cautelosos – eu jamais posso perder o controle com você, se um dia isso acontecer...
- A sede... – falei baixo
- Isso também, mas ... eu sou muito mais forte que você, posso estender a mão para acariciar seu rosto e acabar esmagando sua cabeça! – na hora me correu um arrepio pela espinha
- Simplesmente por acidente – depois ele ficou em silêncio por um longo tempo. Tentei arranjar algumas palavras para confortá-lo mas elas fugiam e eu não conseguia falar nada, isso me deixava angustiada.
- Está na hora de voce dormir – disse ele olhando para a janela
- Não vai embora – meu tom era suplicante, até para mim mesma. Ele voltou para cama, deitando-se do meu lado, passou o braço por trás de mim, me envolvendo com meu cov=bertor, para que eu não congelasse junto a seu corpo.
- Sem mais perguntas por hoje, voce tem que dormir, se não não vai parar de pé amanhã – disse ele, agora estava calmo e terno de novo. Minha pulsação aumentava a medida que eu sentia sua respiração em meu cabelo
- Será que algum dia meu coração vai parar de bater tão rápido quando eu estou com voce? – falei fechando os olhos
- Eu realmente espero que não – não consegui decifrar seu tom, se era pensativo ou debochado. Neste momento começou a chover, e a água batia forte no telhado. Ele começou a cantar uma cantiga de ninar para mim, e sua voz ia penetrando em minha mente e me fazia sentir calma.
- Como sabe que eu odeio dormir ouvindo a chuva? – falei de olhos fechados
- Voce me disse – falou ele com sua voz mais doce ainda
- Quando eu disse? – perguntei quase caindo em sono profundo
- Quando voce estava dormindo – foi a última coisa que eu ouvi antes de cair em sono profundo.
Logo ao acordar, vi que não estava chovendo mas estava frio, lembrei-me da noite passada e jurei que haveria de ser um sonho, e vi que não quando vi um papel escrito com uma magnífica letra “volto logo” era a letra de Edward. Ao descer as escadas para tomar café, percebi que Charlie não já não estava em casa. Me arrumei com a roupa mais decente que tinha, uma blusa azul-claro, uma calça-jeans escura e meu casaco marrom de cinto que ganhei no último natal de Phill, e óbvio nunca havia usado antes. Ao descer a escada, vi uma figura que eu nunca havia imaginado antes, a não ser em meus sonhos mais loucos, Edward sentado na cadeira da cozinha da minha casa.
- até que enfim! – disse ele se levantando para me receber no final da escada
- é agora estou decente – disse ainda espantada por ele estar ali de repente
- decente? Voce está totalmente indecente! Nenhuma pessoa tem que passar por um grau de tentação tão grande! – disse pegando minha mão entre seus dedos frios
- bom vamos então? – disse meia envergonhada
- depois – disse ele me puxando para mais perto – quero fazer uma coisa antes – terminando de falar isso ele me puxou para seu peito e me beijou nos lábios. Na hora eu não vi mais nada, só me lembro de ter ficado muito tonta e depois tudo ficou preto.
- Bella! Bella! Voce está bem? – ouvi Edward falando e me segurando em seus braços
- Estou – murmurei – só fiquei tonta – disse tentando me levantar, mas ele me segurava muito forte então eu não conseguia quase me mexer em seu aperto de ferro
- Achei que já tivesse superado esta fase de desmaiar perto de mim! – disse ele agora afrouxando os braços envolta de mm
- Desculpe, acho que já estou melhor – disse ficando vermelha de vergonha – podemos ir – sugeri
- Vamos então – disse Edward me levando pela mão até a porta da frente. Fomos no carro dele, porque era mais rápido e não mais seguro. O caminho para a casa de Edward era difícil de achar, muitas curvas e atalhos desconhecidos com placas de ‘pare” no meio do caminho. Assim que chegamos fiquei deslumbrada com aquela casa enorme. Era uma casa branca, cheia de janelas de vidro transparente. De repente vi que Edward saiu da porta do motorista e em menos de um segundo já estava do meu lado abrindo a porta para mim, eu não estava acostumada com sua velocidade. Ao entrarmos na casa, fiquei mais deslumbrada ainda
- É tudo tão claro e tão aberto – falei a mim mesma olhando em volta
- O que voce esperava? Caixões? Masmorras e fosso? – perguntou ele em tom de brincadeira
- Fosso não! – respondi brincando
- Fossos não – repetiu ele dando um belo sorriso. Fui vagando pelo primeiro andar da casa, até que Edward me puxou para a escada, onde vinham barulhos de televisão e conversas, os Cullen deviam estar lá em cima
- É o único lugar que não temos que nos esconder – disse ele pegando minha mão. Fomos subindo a escada, e entramos logo na primeira porta
- Oi Bella! – disse uma mulher ( que parecia uma moça) de cabelos cor de caramelo e olhos brilhantes cor de mel, ela era quase da minha altura, um pouco menor talvez, ela não chegou muito perto de mim para eu saber com certeza.
- Esta é Esme – disse Edward – minha...mãe para todos os efeitos! – olhei para ela de novo, e depois olhei em volta, vi Rosalie, linda como sempre, ao lado dela estava Emmet com uma faca de cortar na mão, o que me assustou um pouco, mas ele ria, então logo o medo desapareceu, e atrás do balcão estava Carlisle, foi sá ai que percebi que eu estava na cozinha.
- Bella fizemos comida italiana pra voce! – disse Esme ternamente – espero que esteja com fome
- Com certeza – respondi
- Ela já comeu – Edward me desmentiu, minha cara caiu no chão, peguei a fama de mentirosa, mas realmente eu já havia comido antes de sair, mas ele não precisava ter contado!
- Ótimo – grunhiu Rosalie derrubando uma tigela de vidro no chão que espatifou aos pedaços
- É que eu sei que voces não comem então... – tentei me justificar
- Foi muita consideração sua – disse Esme olhando feio para Rosalie
- Ignore a Rosalie... como eu faço – disse Edward ao meu ouvido
- É vamos continuar fingindo que isso não é perigoso para todos nós! – disse Rosalie aos berros
- Eu jamais contaria nada a ninguém! – de novo tentei me justificar e acho que não deu muito certo
- Ela sabe disso – disse Carslile que pareceu ser o único a me compreender
- Mas o problema é que voces se assumiram em público agora... – começou Emmet que agora estava parado bem ao lado de Esme
- Emmet! – disse Esme
- Não ela precisa saber! – começou Rosalie de novo e parecia mais irritada ainda – toda família vai ser implicada se isso acabar mal!
- Mal...tipo...eu me tornar o almoço... – murmurei baixo, depois seguiu-se um longo silêncio, depois todos deram risadas discretas uns para os outros. Fiquei louca de vergonha, até que para me salvar apareceu Alice, caminhando em cima de uma árvore e pulando pela janela direto para a cozinha,atrás dela vinha Jasper com uma cara de ‘poucos amigos”
- Oi Bella! – disse ela me abraçando, era a única que manteve contato físico comigo
- Alice não conhece a expressão “entre pela porta”! – disse Emmet e todos riram. Edward ficou olhando para Jasper e depois Carslile
- Ah...desculpe, Jasper é o nosso mais novo vegetariano, é um pouco difícil para ele – justificou Carslile
- É um prazer te conhecer - disse Jasper me olhando, os olhos dele nem piscavam.
- Não se preocupe Jasper, não vai machucá-la – murmurou Alice para Jasper. Edward arregalou os olhos
- Ah...já tá bom! Vou te levar para conhecer o resto da casa – disse ele me puxando para a saída
- Até mais tarde! – disse Alice dando um lindo sorriso
- Até depois – respondi com um sorriso meio desengonçado, enquanto Edward me puxava para fora da cozinha, passamos por outra escada, nossa um casa de três andares chamava bastante atenção, ainda bem que a casa deles era bem escondida.
- Foi tão estranho para você quanto foi para mim? – perguntou Edward enquanto subíamos devagar os degraus
- Eu..não sei – respondi considerando o fato de estar numa casa cheia de vampiros já era bem estanho. Foi quando a vergonha passou um pouco e eu olhei a parede ao lado, era cheia de chapéus de formatura
- Chapéus de formatura? – perguntei, tinha mais de cem chapéus
- É , nos matriculamos muito – respondeu ele dando um lindo sorriso torto, o meu preferido, mas vi uma certa tristeza em seu olhar
- Deve ser uma tristeza, repetir o colegial diversas vezes! – respondi tentando confortá-lo um pouco
- É mas quanto mais jovens começamos em algum lugar, mais tempo poderemos ficar nele – explicou ele me puxando para o final da escada. Andamos por todo o corredor, todas as portas estavam abertas
- Este é o quarto de Alice – dizia ele, era um quarto de vista muito claro e todo cor-de-rosa, eu via apenas o que a porta me permitia ver
- este é o de Rosalie e Emmet – o segundo quarto era o deles, não era tão claro quanto o de Alice, mas era de vista muito luxuoso
- este é o de Jasper – o terceiro era o quarto de Jasper, era meio escuro, as janelas estavam fechadas, e deu pra ver uma estante cheia de cds, muitos cds!
- Este é o de Carslile e Esme – o penúltimo quarto, era muito claro e branco, mas tinha um toque de requinte. Passamos ao final do corredor, ele parou do meu lado
- Este é meu quarto – disse me deixando passar a sua frente. Olhei por tudo, tinha muitos livros, e uma janela enorme que dava direto para a floresta, tinha uma televisão enorme de LCD e ai que eu percebi não tinha cama!
- Sem cama? – perguntei intrigada
- Naõ eu...não tenho...quer dizer...eu não durmo – disse Edward com um meio sorriso, ele estava encostado na porta me observando
- Nunca dorme? – perguntei
- Não, nunca – respondeu se contendo para não rir
- Está bem então – respondi meia desconcertada. Olhei o resto do quarto e percebi uma estante enorme, lotada de cds, muito maior que a de Jasper
- Nossa! Voce tem tanta música! – disse me aproximando da estante, e percebi que ele me seguia
- O que está ouvindo? – liguei o aparelho de som, e começou a tocar uma melodia muito bonita, no começo eu não reconheci, mas logo depois me veio a memória da noite passada,era a minha cantiga de ninar
- É Debussy – disse ele parado ao meu lado
- “Clair de lune” é lindo – disse reconhecendo a composição. De repente ele pegou minha mão e me puxou devagar para si, colocou a outra mão na minha cintura e me puxou para dançar. Seu rosto ficou próximo ao meu e eu olhava em seus lindos olhos agora castanho-dourados, eu me perdia naqueles olhos. De repente ele levantou minha mão e me girou, eu parei e fiz uma careta
- que foi? – perguntou sorrindo
- eu não sei dançar – respondi. ele pensou um pouco
- mas eu posso te obrigar – falou debochado
- não tenho medo de voce! – respondi sarcástica, ele pensou de novo
- voce não deveria ter dito isso! – falou ele e imediatamente me puxou para suas costas, e voou pela janela afora, e parou em cima de uma árvore
- é melhor se segurar macaco-aranha! – apertei os braços firmemente em seu pescoço e ele foi “escalando” rapidamente a árvore. Quando chegamos lá em cima ele olhou uma outra árvore a uns 10 metros de nós
- confia em mim? – perguntou
- em tese...confio! – respondi
- então feche os olhos! – disse e pulou no ar e por um momento a sensação era de se estar voando, e fomos parar naquela árvore à 10 metros de nós. Ele passou o braço pela minha cintura e me desceu de suas costas, ficamos em cima da árvore, que devia ter uns 50 metros de altura, ou mais. Dava para ver toda a cidade de Forks dali, até a praia La push. Ele me segurava firmemente pela cintura
- isso não é real! É o tipo de coisa que não existe! – falei e o eco de minha voz ecoou pela floresta
- existe no meu mundo! – respondeu ele, sorrindo. Ficamos um bom tempo ali em cima, sem dizer nada, apenas nos olhavamos e era o suficiente.
- Está na hora de ir , como vou explicar a Charlie que deixei voce cair de uma árvore de mais de 50 metros! – estava debochado de novo. Apenas concordei com a cabeça, ele me puxou para suas costas e desta vez foi muito mais rápido do que da primeira, apenas senti um vento muito forte, parecido com o de uma queda, e depois estávamos entrando pela janela de novo. Edward me colocou sentada no sofá branco que tinha em seu quarto, mas desta vez eu não havia ficado tonta, apenas impressionada. Ele riu quando viu minha expressão. De repente Alice e Jasper entraram pela porta
- Parece que não sou eu quer não sei usar a porta! – disse Alice dando uma risada de satisfação
- Entaõ você me pegou! – incentivou Edward participando da birncadeira
- Eu vim convidar a Bella para ir amanhã no nosso jogo de beiseboll – disse ela sempre sorrindo
- O que acha? – perguntou Edward para mim
- Claro – respondi de imediato
- E leve guarda-chuva, vai chover, segundo Alice! – brincou Jasper.
- Até depois Bella! – disse Alice saindo e puxando Jasper com ela.
- Desde quando vampiros jogam beiseboll? – perguntei para Edward que agora estava sentado ao meu lado
- Bom é o passatempo dos americanos, e como disse Jasper...vai chover amanhã e só assim podemos jogar! – respondeu ele agora com um ótimo humor
- O que tem a ver a chuva?- perguntei
- Não é a chuva, é o trovão, vai ver porque amanhã! – ele ria, era incrível como o humor dele mudava quando estava com a família, devia ser porque ele se sentia em os ‘seus” ou algo parecido. Ele me encarou por um momento
- Quero te mostrar uma coisa – e me puxou para fora do quarto, descemos as escadas até o segundo andar onde entramos numa sala branca cheia de artigos antigos

Capitulo 9 - Campina
Logo que acordei, lembrei que hoje eu não teria que ir para a escola, e fui logo tomar café, quando desci tinha um bilhete na geladeira “ Bells hoje vou chegar tarde, vou pescar com o Billy, não me espere para jantar. Charlie”. Lendo isso me lembrei dos tempos em que eu ia para o rio pescar com Charlie, era entediante. Tomei café, escovei os dentes e me arrumei. Coloquei uma blusa amarela bem cintilante, de mangas curtas, uma calça jeans e um casaco leve cor-de-rosa. Arrumei meu cabelo desci. Logo que sai de casa vi que Edward estava parado do lado de minha picape
- há quanto tempo está ai? – perguntei
- acabei de chegar, não pensou que eu fiquei aqui a noite toda! – disse ele rindo. Ele caminhava em minha direção, porque que ele tinha que parecer um modelo de passarela? Estava usando uma blusa de mangas compridas azul-escuro, e uma calça jeans, estava com um casaco leve amarrado na cintura.
- Então vamos – disse me dirigindo ao carro, ele se dirigia ao lado do motorista
- Não mesmo! O meu carro eu dirijo – disse a ele
- Está bem! – ele foi até o lado do motorista. Entramos no carro
- Então sigo para onde? – perguntei
- Vá em frente – disse ele. Ficamos um longo tempo sem dizer nada.
- Então agora vai me dizer aonde vamos? – perguntei
- Calma já vai ver, estamos chegando – disse ele – vire a esquerda
- Ali? – perguntei pois aonde ele apontava era estrada fechada
- E – respondeu ele. Virei e tive de parar o carro pois não tinha como passar
- Agora vamos andando – disse ele saindo do carro
- Como? – perguntei saindo atrás dele
- Vamos fazer uma trilha na mata, quero que conheça um lugar – disse ele com um lindo sorriso torto. Eu estava louca da vida, odiava fazer trilhas. E então entramos numa trilha, era tudo muito escorregadio, eu até que não caí pois sempre que tinha uma raiz de árvore ou alguma coisa ameaçadora, Edward me segurava pelo braço. Até que depois de caminhar muito, chegamos a um lugar incrivelmente lindo, tinha sol em uma parte, era cheio de árvores e grama fofa e seca, o vento era refrescante.
- Imaginei que voce iria gostar – disse ele se deitando na grama. Eu fiquei olhando um pouco mais e depois sentei-me ao seu lado, ele fechou os olhos, cruzou os braços atrás da cabeça. Eu ficava olhando ele, e desta vez não pude me controlar, encostei os dedos de leve na mão fria dele. Ele abriu os olhos, ficou me olhando
- Posso? – perguntei
- Claro – respondeu ele – voce nem imagina como é – ele fechou os olhos novamente. Eu deslizei meus dedos, da mão dele e fui fazendo o contorno em seus braços suavemente, quando cheguei perto do rosto, ele deu um pulo para trás, ficou a uns 5 metros de distância de mim. Ficou me olhando, depois voltou a se aproximar
- Desculpe – disse ele numa voz suave – não estou acostumado com isso - ele disse isso numa voz tão linda que nem uma sinfonia de anjos faria melhor. Depois disso ele se sentou do meu lado, eu fiquei com receio de tocá-lo novamente, por isso, segurei bem minhas mãos.
- Sabe – começou ele – isso é errado
- O que é errado?- perguntei
- Não deveríamos ficar juntos Bella – disse ele
- Por que diz isso? – perguntei
- Voce sabe que eu posso matar voce a qualquer instante, não sabe? – ele disse isso numa voz seca.
- Eu amo muito voce – disse a ele. Ele fechou os olhos e depois me olhou
- Eu deveria desaparecer, assim você estaria segura – ele deu uma pausa – mas como sou uma criatura muito egoísta, quero ficar ao seu lado sem me importar com mais nada – ele falou isso e ficou em silêncio. Eu fiquei com uma vontade enorme de chorar, mas segurei firmemente.
- Sabia que exige 24 horas do meu tempo manter voce viva? – disse ele dando um lindo sorriso torto.
- Será que não é o meu destino, e voce está interferindo nele? – disse. Ele ficou sério novamente, o sorriso sumiu
- A sua hora chegou quando voce me conheceu – ele falou isso muito sério – não sabe quanto esforço eu fiz para não pular em cima de voce naquela sala cheia de crianças
- Mas voce não fez isso! – interrompi
- Mas eu estava prestes a fazer! – ele disse – pensei em mil maneiras diferentes de tirar voce daquela sala, mas não podia decepcionar minha família, então pensei em tudo que Carslile me ensinou e me controlei o máximo que pude – ele continuou – assim que bateu, eu sai o mais rápido que pude antes que pudesse dizer as palavras que a fizessem me seguir – ele deu uma pausa – depois lá fora, eu podia pensar melhor, pensei em sair da cidade, fiquei uns dias fora, mas eu não me conformava em como voce tirava meu controle, eu tinha que tratar voce como qualquer outra pessoa, uma garota que eu nem conhecia direito não podia fazer com que eu botasse fora tudo que tinha aprendido com Carslile. Mas agora, eu já estou fazendo isso... – ele parou
- Por que? – minha voz falhava. Ele olhou para cima depois olhou para mim com olhos tristes.
- Eu... me permitindo ficar aqui sozinho com você, eu poderia te matar com facilidade, e ninguém descobriria – ele parou, e eu não disse nada.
- Eu imagino que não contou a Charlie que viria aqui – ele falou em tom de afirmação
- É – respondi simplesmente.
- Isso...não é certo... – ele murmurou em voz tão baixa que fiquei me perguntando se realmente ele havia falado alguma coisa.
- Não é da minha natureza ficar tão próximo assim de um humano – agora o tom de voz dele era audível.
- Mas... Carlisle... – me interrompi imediatamente quando ele me fitou nos olhos novamente
- Carlisle demorou séculos para ter esse controle com os humanos – agora ele olhava o horizonte
- Mas se ele conseguiu – minhas palavras saíram num sussurro - ...você também pode – nessa hora estiquei a mão para que encostasse na dele, mas parei no meio do caminho, temendo sua reação. De repente seus olhos ficaram intensos e tristes, isso cortou meu coração, tive vontade de coloca-lo na colo como uma criança, mas de novo me segurei bravamente, Edward era muito imprevisível quanto suas reações.
- Eu sei que ainda não estou preparado para isso – ele me olhava com tanta intensidade que demorei alguns segundos para absorver suas palavras
- Mas você nunca tentou para saber – meu tom saiu mais preocupado do que eu esperava
- Mas eu já vi... – as palavras sairam cortadas - ...no que daria essa imprudência minha... – ele parou
- No quê? – perguntei de imediato.
- Emmet também já tentou... – ele se interrompia a cada palavra
- E o quê aconteceu? – ele simplesmente me o9lhou com olhos apreensivos
- Já entendi... – respondi, olhando automaticamente para o chão
- Por isso eu tenho medo de ficar sozinho com voce, não tenho certeza que posso me controlar – eu não o estava olhando mas tinha certeza que ele me fitava
- Eu sei que pode – involuntariamente olhando para seus lindos olhos que agora estavam acobreados. Ficamos nos olhando por algum tempo, e de repente ele passou a mão fria no meu rosto, eu senti um arrepio, quase imperceptível mas tenho certeza que ele sentiu. Com a outra mão ele segurava firmemente minha mão esquerda, eu fiquei em instantes, hipnotizada. Aos poucos ele colocou os lábios no meu pescoço, era para eu estar gritando de medo, mas eu apenas fechei os olhos, e esperei acordar de um de meus sonhos mais lindos e mais impossíveis que já tive. Sentindo seu doce aroma, eu recostei a cabeça em seu peito gelado de mármore, ele passou a mão no meu cabelo. Fiquei sentindo sua respiração, e não sei quanto tempo ficamos desse jeito, talvez horas, que pareceram segundos. De repente ele largou minha mão, e aos poucos me levantou da grama, já era noite
- Vamos, se Charlie chegar em casa e não ver voce vai mandar o FBI te procurar! – ele falou em tom de deboche, ele estava quase com um sorriso nos lábios mas eu ainda senti que um pouco de tristeza o assombrava.
- É vamos – tentei disfarçar um pouco que não estava nem um pouco a fim de ir para casa. Seguimos para a saída daquele lugar maravilhoso, onde meu sonho de amor proibido havia se realizado e seguimos em direção a trilha.
- Bom. Se formos caminhando chegaremos na sua casa e o FBI a CIA e as forças armadas vão estar esperando, mas se formos do meu jeito... – ele me olhou com olhos maliciosos
- Vamos? – disse ele me puxando para suas costas
- Aim! De novo! – resmunguei
- Prefere isso, ou caminhar sem parar no meio das árvores de noite?
- Tá legal vamos assim entaõ – respondi de imediato assustada com a idéia de caminhar sem parar a noite.
- Feche os olhos desta vez – ordenou ele. Fechei bem os olhos, coloquei meus braços em volta de seu pescoço a segurei o mais firme que pude. Minhas pernas estavam cruzadas em sua cintura, quando ele começou a correr pela floresta senti o vento forte vindo sobre mim, e o barulho das árvores passando por nós. Embora tivesse fechado bem os olhos fiquei enjoada. Demorou uns trinta segundos para chegarmos até a picape, ele suavemente me desceu de suas costas, eu estava tonta, Edward me segurava pela cintura
- Bella! Está bem?
- Estou – murmurei – já vai passar é temporário
- É melhor sentar – ele me colocou sentada no banco do carona da minha picape, com a porta aberta, ele ficou parado na minha frente do lado de fora.
- Se eu soubesse que você iria ficar enjoada teria trazido um remédio – disse ele debochado como sempre.
- Já estou me sentindo melhor – respondi, o enjoo já havia passado. Ele passou a mão no meu cabelo, o colocando para trás. De repente ele encostou os lábios frios nos meus, na hora a tontura passou, eu segurei seu rosto firme contra o meu, ele me afastou com as mãos
- Parece que já está melhor – disse ele dando um sorriso torto. fiquei envergonhada e olhei para o chão.
- Vamos entaõ – disse ele se dirigindo para o banco do motorista
- Eu posso dirigir – disse a ele pegando a chave
- Não mesmo, eu dirijo, não tenho certeza se você não vai ficar enjoada de novo – disse ele abrindo a porta
- Seu carro foi confiscado eu dirijo – disse ele pegando a chave. Desta vez não reclamei. A viagem para casa foi silenciosa, a não ser pelo ronco ensurdecedor do meu carro. Quando chegamos Charlie não estava em casa, ainda
- Vou te levar para minha casa amanhã – disse ele olhando discretamente meu rosto para ver minha reação
- Espera aí com a sua família? – perguntei meu tom saiu mais surpreso do que eu pretendia
- É – respondeu ele me fitando
- E... se não gostarem de mim? – perguntei mais preocupada ainda
- Não está preocupada por ir a uma casa cheia de vampiros, mas sim por que pensa que não vão gostar de você? É no mínimo engraçado – ele deu uma risada e me olhou ainda com tom de deboche
- Que bom que divirto você – respondi ficando corada
- É diverte mesmo – ele parou ficando sério
- Charlie está chegando, e está preocupado , ele acha que deixa voce sozinha tempo demais – não respondi, apesar de me sentir mal por Chalie ficar se culpando por eu ficar sozinha.
- Está na hora de ir – disse ele. Eu ia saindo do carro quando ou vi o vidro se abaixar
- Bom sonhos – disse ele
- Já estou sonhando – respondi baixo demais até para mim, mas sei que ele ouviu. Entrei em casa e vi o volvo de Edward desaparecer, e em poucos segundos Charlie já estava chegando.
- Oi Bells – entrando pela porta
- Oi pai – respondi
- Como foi a escola? – nessa hora fiquei assustada, será que ele sabia que eu não havia ido na escola hoje? Ele raramente me perguntava sobre escola, mas eu não podia contar que eu não havia ido, que desculpa eu ia dar? Que fui passear na campina com meu namorado vampiro, que misteriosamente brilha na luz do sol e tem 100 anos de idade? Não ele não ia acreditar, ele ia me internar no hospício!
- Foi bom – menti tentando ser o mais convincente possível
- Está bem então – aparentemente ele não desconfiou de nada. Depois disso, como sempre o jantar foi silencioso. Quando eu terminava de lavar a louça eu senti que Charlie estava me olhando, ainda sentado na cadeira, eu me virei devagar esperando pelo pior
- Bella – disse Charlie me fitando
- S... sim – eu estava gaguejando não pelo fato de ele me repreender mas sim por que ele poderia me mandar de volta para Phoenix.
- Estou preocupado com você Bella – disse Charlie agora olhando diretamente para mim
- Porque – as palavras saíram cortadas
- Você acha que eu não sei? – ele disse isso e eu fiquei apavorada, realmente não podia acontecer nada naquela cidade que os outros não ficassem sabendo, na hora tentei me explicar
- Pai... eu explico... é que eu... – estava muito nervosa
- eu sei que te deixo sozinha demais e você fica triste com isso, mas podemos mudar isso, fazer mais coisas juntos – fiquei boquiaberta, ele não descobriu nada, que ótimo! Dei um suspiro disfarçado tentando mais que depressa recompor minha expressão.
- Eu não acho que fico sozinha demais – disse na maior cara-de-pau
- O que você acha de ir comigo pescar amanhã? Vai eu e o Billy, e provavelmente o Jacob – ao pensar em pescar, me veio as terríveis lembranças assustadoras do passado, como da vez em que eu caí no lago.
- Pai... – tentei arrumar uma desculpa – tenho muita lição de casa... e eu não gosto de pescar, desculpe – nessa última eu fui bem convincente
- Está bem então, não vou insistir – ele suspirou – mas Bella, amanhã é sábado, saía com seus amigos, eu vou ficar o dia inteiro fora e me sentirei culpado se te deixar aqui sozinha – eu fiquei em parte me sentindo culpada
- Parece que o filho dos Newtons gosta de você – disse Charlie falando de um assunto em que ele não era muito bom
- Ele é um amigo legal – ressaltei a palavra amigo
- E os outros garotos da cidade? Alguém te interessa?
- Pai, vamos falar sobre garotos? – perguntei dando uma risada discreta, e ele entendeu que não era por aí.
- É eu acho que não – disse Charlie se levantando da mesa e indo se esparramar no sofá para ver televisão
- Entaõ o que vai fazer amanhã então?
- Bom na verdade.... – cerrei os lábios tentando não entregar tudo como uma criança, e adiantou.
- Pensei em ver uns filmes...em casa – eu estava realmente melhorando no quesito “mentira”. Charlie não falou nada, entaõ eu subi para o meu quarto esperando cair na cama e desmaiar de tão cansada que eu estava.