domingo, 28 de novembro de 2010


Capitulo 9 - Campina
Logo que acordei, lembrei que hoje eu não teria que ir para a escola, e fui logo tomar café, quando desci tinha um bilhete na geladeira “ Bells hoje vou chegar tarde, vou pescar com o Billy, não me espere para jantar. Charlie”. Lendo isso me lembrei dos tempos em que eu ia para o rio pescar com Charlie, era entediante. Tomei café, escovei os dentes e me arrumei. Coloquei uma blusa amarela bem cintilante, de mangas curtas, uma calça jeans e um casaco leve cor-de-rosa. Arrumei meu cabelo desci. Logo que sai de casa vi que Edward estava parado do lado de minha picape
- há quanto tempo está ai? – perguntei
- acabei de chegar, não pensou que eu fiquei aqui a noite toda! – disse ele rindo. Ele caminhava em minha direção, porque que ele tinha que parecer um modelo de passarela? Estava usando uma blusa de mangas compridas azul-escuro, e uma calça jeans, estava com um casaco leve amarrado na cintura.
- Então vamos – disse me dirigindo ao carro, ele se dirigia ao lado do motorista
- Não mesmo! O meu carro eu dirijo – disse a ele
- Está bem! – ele foi até o lado do motorista. Entramos no carro
- Então sigo para onde? – perguntei
- Vá em frente – disse ele. Ficamos um longo tempo sem dizer nada.
- Então agora vai me dizer aonde vamos? – perguntei
- Calma já vai ver, estamos chegando – disse ele – vire a esquerda
- Ali? – perguntei pois aonde ele apontava era estrada fechada
- E – respondeu ele. Virei e tive de parar o carro pois não tinha como passar
- Agora vamos andando – disse ele saindo do carro
- Como? – perguntei saindo atrás dele
- Vamos fazer uma trilha na mata, quero que conheça um lugar – disse ele com um lindo sorriso torto. Eu estava louca da vida, odiava fazer trilhas. E então entramos numa trilha, era tudo muito escorregadio, eu até que não caí pois sempre que tinha uma raiz de árvore ou alguma coisa ameaçadora, Edward me segurava pelo braço. Até que depois de caminhar muito, chegamos a um lugar incrivelmente lindo, tinha sol em uma parte, era cheio de árvores e grama fofa e seca, o vento era refrescante.
- Imaginei que voce iria gostar – disse ele se deitando na grama. Eu fiquei olhando um pouco mais e depois sentei-me ao seu lado, ele fechou os olhos, cruzou os braços atrás da cabeça. Eu ficava olhando ele, e desta vez não pude me controlar, encostei os dedos de leve na mão fria dele. Ele abriu os olhos, ficou me olhando
- Posso? – perguntei
- Claro – respondeu ele – voce nem imagina como é – ele fechou os olhos novamente. Eu deslizei meus dedos, da mão dele e fui fazendo o contorno em seus braços suavemente, quando cheguei perto do rosto, ele deu um pulo para trás, ficou a uns 5 metros de distância de mim. Ficou me olhando, depois voltou a se aproximar
- Desculpe – disse ele numa voz suave – não estou acostumado com isso - ele disse isso numa voz tão linda que nem uma sinfonia de anjos faria melhor. Depois disso ele se sentou do meu lado, eu fiquei com receio de tocá-lo novamente, por isso, segurei bem minhas mãos.
- Sabe – começou ele – isso é errado
- O que é errado?- perguntei
- Não deveríamos ficar juntos Bella – disse ele
- Por que diz isso? – perguntei
- Voce sabe que eu posso matar voce a qualquer instante, não sabe? – ele disse isso numa voz seca.
- Eu amo muito voce – disse a ele. Ele fechou os olhos e depois me olhou
- Eu deveria desaparecer, assim você estaria segura – ele deu uma pausa – mas como sou uma criatura muito egoísta, quero ficar ao seu lado sem me importar com mais nada – ele falou isso e ficou em silêncio. Eu fiquei com uma vontade enorme de chorar, mas segurei firmemente.
- Sabia que exige 24 horas do meu tempo manter voce viva? – disse ele dando um lindo sorriso torto.
- Será que não é o meu destino, e voce está interferindo nele? – disse. Ele ficou sério novamente, o sorriso sumiu
- A sua hora chegou quando voce me conheceu – ele falou isso muito sério – não sabe quanto esforço eu fiz para não pular em cima de voce naquela sala cheia de crianças
- Mas voce não fez isso! – interrompi
- Mas eu estava prestes a fazer! – ele disse – pensei em mil maneiras diferentes de tirar voce daquela sala, mas não podia decepcionar minha família, então pensei em tudo que Carslile me ensinou e me controlei o máximo que pude – ele continuou – assim que bateu, eu sai o mais rápido que pude antes que pudesse dizer as palavras que a fizessem me seguir – ele deu uma pausa – depois lá fora, eu podia pensar melhor, pensei em sair da cidade, fiquei uns dias fora, mas eu não me conformava em como voce tirava meu controle, eu tinha que tratar voce como qualquer outra pessoa, uma garota que eu nem conhecia direito não podia fazer com que eu botasse fora tudo que tinha aprendido com Carslile. Mas agora, eu já estou fazendo isso... – ele parou
- Por que? – minha voz falhava. Ele olhou para cima depois olhou para mim com olhos tristes.
- Eu... me permitindo ficar aqui sozinho com você, eu poderia te matar com facilidade, e ninguém descobriria – ele parou, e eu não disse nada.
- Eu imagino que não contou a Charlie que viria aqui – ele falou em tom de afirmação
- É – respondi simplesmente.
- Isso...não é certo... – ele murmurou em voz tão baixa que fiquei me perguntando se realmente ele havia falado alguma coisa.
- Não é da minha natureza ficar tão próximo assim de um humano – agora o tom de voz dele era audível.
- Mas... Carlisle... – me interrompi imediatamente quando ele me fitou nos olhos novamente
- Carlisle demorou séculos para ter esse controle com os humanos – agora ele olhava o horizonte
- Mas se ele conseguiu – minhas palavras saíram num sussurro - ...você também pode – nessa hora estiquei a mão para que encostasse na dele, mas parei no meio do caminho, temendo sua reação. De repente seus olhos ficaram intensos e tristes, isso cortou meu coração, tive vontade de coloca-lo na colo como uma criança, mas de novo me segurei bravamente, Edward era muito imprevisível quanto suas reações.
- Eu sei que ainda não estou preparado para isso – ele me olhava com tanta intensidade que demorei alguns segundos para absorver suas palavras
- Mas você nunca tentou para saber – meu tom saiu mais preocupado do que eu esperava
- Mas eu já vi... – as palavras sairam cortadas - ...no que daria essa imprudência minha... – ele parou
- No quê? – perguntei de imediato.
- Emmet também já tentou... – ele se interrompia a cada palavra
- E o quê aconteceu? – ele simplesmente me o9lhou com olhos apreensivos
- Já entendi... – respondi, olhando automaticamente para o chão
- Por isso eu tenho medo de ficar sozinho com voce, não tenho certeza que posso me controlar – eu não o estava olhando mas tinha certeza que ele me fitava
- Eu sei que pode – involuntariamente olhando para seus lindos olhos que agora estavam acobreados. Ficamos nos olhando por algum tempo, e de repente ele passou a mão fria no meu rosto, eu senti um arrepio, quase imperceptível mas tenho certeza que ele sentiu. Com a outra mão ele segurava firmemente minha mão esquerda, eu fiquei em instantes, hipnotizada. Aos poucos ele colocou os lábios no meu pescoço, era para eu estar gritando de medo, mas eu apenas fechei os olhos, e esperei acordar de um de meus sonhos mais lindos e mais impossíveis que já tive. Sentindo seu doce aroma, eu recostei a cabeça em seu peito gelado de mármore, ele passou a mão no meu cabelo. Fiquei sentindo sua respiração, e não sei quanto tempo ficamos desse jeito, talvez horas, que pareceram segundos. De repente ele largou minha mão, e aos poucos me levantou da grama, já era noite
- Vamos, se Charlie chegar em casa e não ver voce vai mandar o FBI te procurar! – ele falou em tom de deboche, ele estava quase com um sorriso nos lábios mas eu ainda senti que um pouco de tristeza o assombrava.
- É vamos – tentei disfarçar um pouco que não estava nem um pouco a fim de ir para casa. Seguimos para a saída daquele lugar maravilhoso, onde meu sonho de amor proibido havia se realizado e seguimos em direção a trilha.
- Bom. Se formos caminhando chegaremos na sua casa e o FBI a CIA e as forças armadas vão estar esperando, mas se formos do meu jeito... – ele me olhou com olhos maliciosos
- Vamos? – disse ele me puxando para suas costas
- Aim! De novo! – resmunguei
- Prefere isso, ou caminhar sem parar no meio das árvores de noite?
- Tá legal vamos assim entaõ – respondi de imediato assustada com a idéia de caminhar sem parar a noite.
- Feche os olhos desta vez – ordenou ele. Fechei bem os olhos, coloquei meus braços em volta de seu pescoço a segurei o mais firme que pude. Minhas pernas estavam cruzadas em sua cintura, quando ele começou a correr pela floresta senti o vento forte vindo sobre mim, e o barulho das árvores passando por nós. Embora tivesse fechado bem os olhos fiquei enjoada. Demorou uns trinta segundos para chegarmos até a picape, ele suavemente me desceu de suas costas, eu estava tonta, Edward me segurava pela cintura
- Bella! Está bem?
- Estou – murmurei – já vai passar é temporário
- É melhor sentar – ele me colocou sentada no banco do carona da minha picape, com a porta aberta, ele ficou parado na minha frente do lado de fora.
- Se eu soubesse que você iria ficar enjoada teria trazido um remédio – disse ele debochado como sempre.
- Já estou me sentindo melhor – respondi, o enjoo já havia passado. Ele passou a mão no meu cabelo, o colocando para trás. De repente ele encostou os lábios frios nos meus, na hora a tontura passou, eu segurei seu rosto firme contra o meu, ele me afastou com as mãos
- Parece que já está melhor – disse ele dando um sorriso torto. fiquei envergonhada e olhei para o chão.
- Vamos entaõ – disse ele se dirigindo para o banco do motorista
- Eu posso dirigir – disse a ele pegando a chave
- Não mesmo, eu dirijo, não tenho certeza se você não vai ficar enjoada de novo – disse ele abrindo a porta
- Seu carro foi confiscado eu dirijo – disse ele pegando a chave. Desta vez não reclamei. A viagem para casa foi silenciosa, a não ser pelo ronco ensurdecedor do meu carro. Quando chegamos Charlie não estava em casa, ainda
- Vou te levar para minha casa amanhã – disse ele olhando discretamente meu rosto para ver minha reação
- Espera aí com a sua família? – perguntei meu tom saiu mais surpreso do que eu pretendia
- É – respondeu ele me fitando
- E... se não gostarem de mim? – perguntei mais preocupada ainda
- Não está preocupada por ir a uma casa cheia de vampiros, mas sim por que pensa que não vão gostar de você? É no mínimo engraçado – ele deu uma risada e me olhou ainda com tom de deboche
- Que bom que divirto você – respondi ficando corada
- É diverte mesmo – ele parou ficando sério
- Charlie está chegando, e está preocupado , ele acha que deixa voce sozinha tempo demais – não respondi, apesar de me sentir mal por Chalie ficar se culpando por eu ficar sozinha.
- Está na hora de ir – disse ele. Eu ia saindo do carro quando ou vi o vidro se abaixar
- Bom sonhos – disse ele
- Já estou sonhando – respondi baixo demais até para mim, mas sei que ele ouviu. Entrei em casa e vi o volvo de Edward desaparecer, e em poucos segundos Charlie já estava chegando.
- Oi Bells – entrando pela porta
- Oi pai – respondi
- Como foi a escola? – nessa hora fiquei assustada, será que ele sabia que eu não havia ido na escola hoje? Ele raramente me perguntava sobre escola, mas eu não podia contar que eu não havia ido, que desculpa eu ia dar? Que fui passear na campina com meu namorado vampiro, que misteriosamente brilha na luz do sol e tem 100 anos de idade? Não ele não ia acreditar, ele ia me internar no hospício!
- Foi bom – menti tentando ser o mais convincente possível
- Está bem então – aparentemente ele não desconfiou de nada. Depois disso, como sempre o jantar foi silencioso. Quando eu terminava de lavar a louça eu senti que Charlie estava me olhando, ainda sentado na cadeira, eu me virei devagar esperando pelo pior
- Bella – disse Charlie me fitando
- S... sim – eu estava gaguejando não pelo fato de ele me repreender mas sim por que ele poderia me mandar de volta para Phoenix.
- Estou preocupado com você Bella – disse Charlie agora olhando diretamente para mim
- Porque – as palavras saíram cortadas
- Você acha que eu não sei? – ele disse isso e eu fiquei apavorada, realmente não podia acontecer nada naquela cidade que os outros não ficassem sabendo, na hora tentei me explicar
- Pai... eu explico... é que eu... – estava muito nervosa
- eu sei que te deixo sozinha demais e você fica triste com isso, mas podemos mudar isso, fazer mais coisas juntos – fiquei boquiaberta, ele não descobriu nada, que ótimo! Dei um suspiro disfarçado tentando mais que depressa recompor minha expressão.
- Eu não acho que fico sozinha demais – disse na maior cara-de-pau
- O que você acha de ir comigo pescar amanhã? Vai eu e o Billy, e provavelmente o Jacob – ao pensar em pescar, me veio as terríveis lembranças assustadoras do passado, como da vez em que eu caí no lago.
- Pai... – tentei arrumar uma desculpa – tenho muita lição de casa... e eu não gosto de pescar, desculpe – nessa última eu fui bem convincente
- Está bem então, não vou insistir – ele suspirou – mas Bella, amanhã é sábado, saía com seus amigos, eu vou ficar o dia inteiro fora e me sentirei culpado se te deixar aqui sozinha – eu fiquei em parte me sentindo culpada
- Parece que o filho dos Newtons gosta de você – disse Charlie falando de um assunto em que ele não era muito bom
- Ele é um amigo legal – ressaltei a palavra amigo
- E os outros garotos da cidade? Alguém te interessa?
- Pai, vamos falar sobre garotos? – perguntei dando uma risada discreta, e ele entendeu que não era por aí.
- É eu acho que não – disse Charlie se levantando da mesa e indo se esparramar no sofá para ver televisão
- Entaõ o que vai fazer amanhã então?
- Bom na verdade.... – cerrei os lábios tentando não entregar tudo como uma criança, e adiantou.
- Pensei em ver uns filmes...em casa – eu estava realmente melhorando no quesito “mentira”. Charlie não falou nada, entaõ eu subi para o meu quarto esperando cair na cama e desmaiar de tão cansada que eu estava.

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