domingo, 28 de novembro de 2010


Capitulo 7 - Os Cullen
Naquela manhã, eu acordei, e me lembrei que Edward havia dito que iria me levar para a escola, levantei num pulo, tomei café e me arrumei. Fiquei esperando ouvir o carro de Edward chegar, enquanto isso colocava meus pensamentos em ordem. Eu tinha certeza absoluta de três coisas:
Primeira: Edward era um vampiro , segunda: tinha um parte dele, e eu não sabia o quanto essa parte poderia ser dominante sobre ele, que queria o meu sangue, e terceira: eu estava perdidamente, incondicionalmente apaixonada por ele. Nisso ouvi o volvo chegar, dei um pulo e fui até a janela, era ele. Eu fiquei olhando e depois desci ao seu encontro. Sai, fechei a porta e fui até uma parte do gramado, andei devagar, para ver como estava seu humor hoje
- bom dia! – Edward me disse sorrindo
- bom dia – respondi
- vamos então – ele abriu a porta do carona – tenha a bondade – disse gesticulando para eu entrar. Ele estava de bom humor hoje, era óbvio.
- Então – começou ele enquanto dirigia – vai fazer interrogatório hoje? – disse olhando a estrada
- Pretendo – respondi sarcasticamente. De repente já tínhamos chegado na escola, claro ele dirigia feito um louco. Descemos do carro, toda a escola parou de repente para nos olhar
- Nossa – falei andando ao lado dele – toda a escola está olhando para a gente!
- Menos aquele cara ali – ele olhou para um rapaz – ah, ele acabou de olhar! – disse debochado
- É – continuou – estamos quebrando todas as regras – ele respirou fundo – mas eu vou pro inferno mesmo, que diferença faz? – continuamos andando. Encontramos Jéssica pelo meio do caminho
- Oi Bella, oi Edward – ela disse meia surpresa
- Oi – respondi, Edward só acenou com a cabeça
- Aqui está seu casaco – ela falou me entregando o casaco, não estava frio então eu não o vesti.
- Obrigada – disse isso e fiquei em silencio. Ela me olhava curiosamente
- Então nos vemos na aula de inglês – ela falou e saiu. Edward e eu continuamos andando até o saguão da escola.
- Vai ter problemas hoje Bella – disse ele se virando para mim
- Por quê? – perguntei
- Eu li a mente de Jéssica, ela já tem um interrogatório pronto – disse ele rindo
- Nossa – comecei – o que ela vai me perguntar? – perguntei
- Isso não está certo, eu te contar- respondeu ele
- Isso é egoísmo sabia? Saber ler mentes e não dividir seu dom com as outras pessoas – eu disse sarcasticamente de novo, eu tinha que parar com essa mania de sarcasmo.
- Está bem – ele me olhou – ela vai querer saber se nós estamos namorando, se o encontro em Port Angeles foi planejado e seus sentimentos em relação a mim – agora eu estava estressada, um interrogatório logo cedo.
- Nossa, o que devo dizer? – perguntei
- Bom, em relação à primeira pergunta pode dizer que sim, e as outras, você diga o que quiser – ele olhou para a porta da minha sala, acabava de bater o sinal – mas não se esqueça que eu posso estar ouvindo tudo! – disse debochado depois saiu. Eu entrei na sala, Jéssica já estava me esperando, pulando na cadeira de tanta ansiedade. Eu sentei e ela começou
- Agora, conta tudo, nos mínimos detalhes! – disse curiosa
- Bom, o que quer saber? – perguntei, tentando não revelar muita coisa.
- Vocês estão namorando? – perguntou
- Bem, sim – respondi tentando não olhar em seus olhos, assim ela não registraria em sua mente minhas reações.
- Vocês combinaram de se encontrar em Port Angeles?
- Não , foi por acaso mesmo – respondi
- E depois?
- Depois ele me levou para jantar, e depois para casa – respondi simplesmente pegando meus livros.
- Só? E o que você sente por ele?
- Eu...gosto dele – fiquei vermelha quando disse isso, espero que ela não tenha registrado isso
- Gosta, tipo quanto?
- MUITO, muito... – falei para ver se ela acabava com as perguntas
- Me conte detalhes!
- O único detalhe é que ele dirige feito um louco! Não falamos muito – respondi. Nessa hora o professor entrava na sala, e paramos de conversar. Ela ficava me olhando, o que deveria estar pensando? Será que Edward estava ouvindo o que ela pensava mesmo? Eu estava aflita em relação a isso. Finalmente bateu para minha aula de biologia, meu coração pulava na garganta. Entrei na sala, ele já estava sentado na carteira, estava sorrindo para mim.
- Oi parceira! – disse ele enquanto eu me sentava
- Oi – respondi envergonhada, pela cara dele, ele devia estar ouvindo mesmo. Pela primeira vez, ele estava á uns 3cm de mim na carteira, seu braço quase encostava no meu. O professor entrou na sala
- Olá pessoal, hoje vamos ver um filme bem educativo sobre biologia, então silencio – ele colocou o filme no data-show, e apagou a luz. A sala estava toda escura, os olhos de Edward brilhavam ainda mais no escuro, ele era mais lindo ainda, tive de controlar minha vontade de tocá-lo, mesmo porque não sabia como ele poderia reagir. Apertei as mãos firmemente contra mim mesma, tentava olhar para o filme, mas não conseguia me concentrar, saber que ele estava ali, a centímetros de mim, e eu não poderia tocá-lo. Foi quando finalmente o professor acendeu a luz, acabava de bater o período. Eu estava mais tranqüila, respirei fundo.
- Interessante o filme não é? – Edward me perguntou
- É – respondi, eu não sabia nem o nome do filme. Arrumei meus livros e levantei, Edward vinha atrás de mim, fomos juntos para o refeitório. Caminhar ao lado de Edward Cullen era como voltar ao primeiro dia de aula, todos olhavam para nós. Ele foi até uma mesa do outro lado do refeitório
- Fique aqui – disse ele – eu já volto – depois de minutos voltou ele com uma bandeja enorme de lanche
- Está louco se pensa que eu vou comer tudo isso! – falei quando ele sentou
- Ora, metade é para mim é óbvio – disse ele me olhando
- E se alguém te desafiasse a comer... você comeria? –ele me encarou por um tempo e depois pegou um pedaço de pizza e deu uma mordida.
- E se alguém te desafiasse a comer terra? – perguntou ele empurrando a bandeja para mim
- É eu já comi, quando perdi uma aposta – eu respondi pegando uma maça. Ficamos nos olhando por um tempo.
- O que realmente você foi fazer na semana passada com Emmet? – perguntei olhando para a mesa, ele esperou um pouco antes de responder
- Eu fui caçar – respondeu olhando discretamente para ver minha reação
- Caçar? O que? – perguntei
- Animais, na montanha perto daqui – respondeu olhando para as mãos. Eu pensei muito bem antes de falar alguma coisa. Mas ele falou antes
- Nós não caçamos todo dia, só de vez em quando... – ele hesitou – o urso pardo é o preferido de Emmet – ele disse rindo
- E o seu qual é? – perguntei
- O leão da montanha – ele respondeu olhando diretamente nos meus olhos. Agora ele olhava para o resto dos Cullen que estavam do outro lado do refeitório sentados na mesa de sempre.
- E... – eu hesitei –...eu poderia...algum dia ver você caçar? – agora ele desviou os olhos rapidamente, estava furioso
- É claro que não! – ele falou com muita intensidade depois respirou e continuou – Bella – agora estava mais calmo, mas lutava com as palavras – quando caçamos...nos entregamos totalmente aos nossos instintos, e se você estivesse lá quando isso acontecesse... – ele parou
- Certo,não falo mais sobre isso – disse e ele retomou a compostura de sempre. Ficamos mais um tempo em silêncio. Naquela hora bateu o sinal para a próxima aula, havia me esquecido que a Sr. Cope, professora de geografia faltava hoje, então quem será que daria aula.
- Bom – disse Edward – temos que ir para a aula. Andamos em silêncio por um tempo.
- Bella – começou ele – eu queria saber se você não gostaria de passear comigo nesta sexta? – ele estava me convidando para sair, eu parei de andar e olhei para ele
- Mas tem aula na sexta – disse
- Matar aula é saudável de vez em quando! – ele falou e eu entendi na hora
- Tem exame de sangue de novo! – falei me lembrando do terrível incidente da última vez – está bem , mas com uma condição - respondi
- Qual? – perguntou ele
- Dessa vez, vamos na minha picape – disparei
- É ... certo então – respondeu ele. Agora estávamos na frente da minha sala. Ele colocou a mão fria no meu rosto delicadamente
- Até logo – disse ele virando as costas. Entrei na sala, a aula ainda nem havia começado – dois períodos de geografia, ninguém merece! – pensei comigo. De repente Mike estava do meu lado
- É mesmo ninguém merece! – falou ele dando um sorriso forçado
- Nossa – nem vi você aí! – disse me virando para ele
- É... você anda bem grudada no Cullen hoje não é? – ele falou num tom que eu não gostei muito
- É – respondi
- E agora você vai ao baile? – perguntou ele
- Não, eu disse que não ia! – falei
- É eu pensei que agora que você está saindo com ele... – eu o interrompi na hora
- Escuta Mike... me desculpe mas isso não é da sua conta! – falei com o tom alterado.
- Desculpe, eu não quis me meter – ele disse isso e saiu. Ótimo, agora eu estava com remorso, depois eu me desculpava com ele. Notei que estava demorando muito para a professora substituta vir, de repente entrou a professora conselheira na sala
- Olá gente! – ela era bem moderna pra sua idade – a professora substituta não vai vir por motivos pessoais, então vocês estão liberados para ficar no pátio da escola, agora podem sair – ela disse isso, e em uma fração de segundos todos os alunos já estavam do lado de fora da sala. Eu peguei meus livros e sai. Quando sai na porta, vi que Edward estava parado encostado na parede como um monumento perfeito de um deus me olhando
- As aulas foram suspensas hoje, todos os professores saíram da escola e foram até a delegacia – ele falou indiscutivelmente certo disso
- Como sabe? – perguntei, pois a secretária não falou nada
- Eu tenho um dom fantástico que não divido com ninguém! – ele disse debochado. Eu apenas ri
- E a propósito, o Newton ficou mordido com a cortada que você deu nele na sala – ele ria
- Estava ouvindo de novo? – falei com desaprovação
- É isso aí! Sério prometo que não faço mais – ele disse com olhos brincalhões e eu não sabia nem o que responder, só balancei a cabeça.
- Mas, me conte mais sobre o que aconteceu – comecei – porque os professores tiveram de ir a delegacia? – perguntei enquanto estávamos andando
- É que morreu um segurança no porto hoje, e ele veio até a escola ontem, e os policias ficaram desconfiados – ele parou e depois continuou – morreu igual o guarda de segurança de Mason, as mesmas marcas de mordidas – ele hesitou – eles acham que foi um animal que matou o guarda, mas agora... – ele parou
- Agora o que? – perguntei
- Encontraram uma pegada humana no rio Queets ontem à noite – ele respondeu sério
- E o que tem a ver?
- É que os dois morreram perto de lá – ele respondeu parando de caminhar.
- Que tal conversarmos em um lugar mais silencioso? – ele olhava para uma floresta que tinha atrás da escola, antes da floresta tinha um vale onde passava um rio. Ele me fez subir um barranco até chegar no vale, mas realmente lá era muito bonito. Sentamos em cima de umas pedras na beira do rio. Eu senti o vento no rosto , era uma sensação maravilhosa.
- E então? – comecei – onde paramos?
- Bella, não acho que seja adequado falarmos sobre esse tipo de coisa- ele estava preocupado
- Não foi um animal que matou os seguranças não é? – ele me olhou sério
- É não foi um animal – ele confirmou o que eu suspeitava
- Foram outros vampiros? – perguntei
- Sim, foram. Existem outros de nós por aí, e nos encontramos de tempos em tempos – ele olhava o para o rio
- Posso perguntar uma coisa? – arrisquei
- Claro pergunte – respondeu ele
- Como... foi que... – eu respirei - ... você virou vampiro? – estava incerta quanto a sua reação, Edward era muito imprevisível.
- Aconteceu em 1818, quando Carslile me encontrou morrendo de gripe espanhola, foi muito doloroso – ele falou perdido em lembranças
- Então uma pessoa tem que estar morrendo... para ficar igual a você? – perguntei curiosa quanto a isso
- Não – ele hesitou – só Carslile é assim, ele nunca faria a transformação em alguém que tivesse outra escolha – ele acrescentou
- E como é a transformação? – perguntei
- É dolorosa, muito dolorosa... dura cerca de três dias, dependendo de onde é a mordida, quanto mais perto do coração, mais rápida é – ele parou e depois continuou
- Mais o pior não é isso – ele hesitou – o pior é parar...
- Mas Carslile não tinha apenas que...morder? – perguntei
- Não exatamente – ele continuou, agora chuviscava levemente – quando provamos o sangue...humano, começa uma espécie de frenesi, e é quase impossível parar – ele parou
- Mas Carslile parou – acrescentei
- Primeiro comigo, depois com a esposa dele Esme – disse ele
- Então é por causa de Carslile que você...não mata as pessoas? – perguntei olhando em seu rosto para ver sua reação
- Não, não é por causa dele – ele falava com certa dificuldade de expressão – eu não quero se...um monstro – ele parou
- Eu e minha família nos consideramos vegetarianos, pois sobrevivemos só com o sangue de animais, mas...- agora ele me olhava e sorria - ..é como um humano que vive apenas de tofu, deixa você forte mas nunca está totalmente...satisfeito – ele riu, eu me arrepiei e ele percebeu
- Não seria como beber seu sangue, por exemplo – ele brincou
- O resto de sua família tem dons especiais como você? – perguntei mudando de assunto
- Sim, Alice vê o futuro – ele falou
- Aposto que ela sabia sobre mim – acrescentei
- As visões de Alice são subjetivas, quer dizer, o futuro sempre pode mudar – ficamos em silêncio por algum tempo, começava a chover mais forte.
- Vamos, não quero que fique doente por ficar na chuva! – disse ele brincando. Descemos todo aquele barranco, por sorte eu não caí de cara no chão. Já estava tarde, então Edward me levou para casa
- Amanhã eu faço as perguntas – disse ele quebrando o silencio
- O que você quer saber sobre mim?
- Amanhã você descobre! – disse ele
- E a propósito – comecei – aonde vamos na sexta?
- É surpresa! – respondeu ele. Acabávamos de chegar na frente da minha casa. Eu desci do carro
- Até amanhã Bells! –disse Edward debochado
- Espera aí! Como sabe...? – perguntei indignada
- Seu pai já está em casa, e está furioso! Entre logo em casa ele não percebeu que eu te trouxe – ele disse rindo
- Até amanhã – disse rapidamente e entrei. Ao entrar vi Charlie sentado em frente à televisão.
- Onde estava até agora Bella? – perguntou ele, eu chegava no mesmo horário se sempre, ele deveria saber que os professores nos liberaram mais cedo. Eu tinha que arrumar rapidamente um desculpa
- Eu estava na casa de Jéssica pai! – disse, eu não gostava de mentir, mas também não poderia contar a ele que estava saindo com Edward, não sabia sua reação, ele poderia aprovar, ou não, mas eu preferia não arriscar.
- E sua picape? – perguntou ele intrigado
- Ontem eu esqueci meu casaco no carro dela, então ela veio me buscar – eu era boa mentirosa – e me trouxe.
- Está bem então – disse ele ainda me olhando – esperei você para jantar – fomos até a mesa, o jantar foi silencioso como sempre, depois eu ia subindo para meu quarto
- Baila! – disse Charlie – esqueci de te contar, sua mãe te mandou um presente, está no seu quarto – ele disse. Eu subi rapidamente e entrei no meu quarto, era um computador novo. Nossa fiquei pasma, provavelmente ela sabia que o computador que eu tinha era lento e velho demais, então me comprou um novo.
- Que bom que gostou – disse Charlie que já estava dentro do quarto- já mandei instalar todos os programas, está atualizado e tem internet, divirta-se! E não vá dormir tarde! – disse ele saindo do quarto. Fui rapidamente tomar banho, escovei os dentes e troquei de roupa. Sentei na minha cadeira e liguei o computador, era bem rápido, e tinha todos os programas. Entrei no meu e-mail, respondi todos da minha mãe. O último e-mail estava escrito “ ler mentes e ver o futuro é ótimo para a tecnologia também!” era um e-mail de Edward, Alice deve ter visto que eu ganhei um computador novo, ela via tudo que eu fazia, isto era desconfortável. Mandei outro para ele:
“Isto é desconfortável, você ver tudo que acontece comigo antes que eu mesma saiba! Ele respondeu
Alice vê, e me conta! então você vai sexta comigo?
Vou. Agora preciso desligar, ao contrário de você, eu tenho que dormir! : )
Está bem Bella adormecida! Te vejo amanhã, bons sonhos. : .“
Desliguei o computador e fui dormir. Naquela noite eu dormi tranquilamente

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