domingo, 28 de novembro de 2010


Capitulo 5 - Port Angeles
 Fiz o trabalho de história, para entregar segunda. Nesse dia, eu acordei e logo me lembrei que era sábado, dia de ir a Port E quando dei por mim Jéssica já estava buzinando na minha porta. Angeles. Desci, tomei café, tomei banho , coloquei minha blusa azul
- Bella! Vamos logo! – gritava ela
- Já vou! – gritei fechando a porta
A viagem foi nada silenciosa, Jéssica colocou uma música muito alta, e tagarelava sobre o vestido.
- tem certeza que precisa sair da cidade no dia do baile? – perguntou Jéssica
- tenho, vou visitar minha mãe, que está em Jacksonville agora – respondi
enfim chegamos a Port Angeles, e Jéssica parou o carro na frente de uma loja de vestidos. Entramos dentro da loja e ela provou todos os vestidos que tinha pela frente. Não gostou de nenhum. Fomos à outra loja, a mesma coisa. Até que ela achou uma loja com vestidos incrivelmente lindos. Entramos, era uma loja muito chique e elegante, vestidos caríssimos eram vendidos. Eu particularmente gostei apenas de um, era um vestido roxo, rodado até o joelho, muito lindo, ele vinha acompanhado de um lindo colar de ametista lilás. Eu me dei ao trabalho de ver o preço, quase cai pra trás, custava mais que um carro. Ângela viu que eu havia gostado do vestido
- você tem um gosto meio caro chiem? Mas ótimo! Esse vestido é muito lindo, uma raridade, é o mais caro da loja – ela deu uma pausa, e enquanto se afastava disse em tom de brincadeira – coitado do Cullen! Vai gastar uma fortuna com esse seu gosto caro! – ela olhou para mim e nós duas começamos a rir
- ótima piada Ângela! – mal terminei de dizer isto e lá vinha Jéssica com um vestido rosa choque, com brilhantes
- o que acham? – perguntou ela
- ficou ótimo – respondi, realmente havia ficado
- então vou levar este mesmo! – respondeu ela
- e você Ângela? Ainda não escolheu o seu? – perguntou Jéssica
- ah! É mesmo! – disse Ângela, correndo para escolher um vestido, olhei o relógio era quase seis horas da tarde.
- Jéssica, Ângela, se importam se eu me encontrar com vocês no restaurante? Eu queria passar numa livraria – disse
- Tem certeza? – perguntou Jéssica
- Tenho, me encontro com vocês depois. – dizendo isso eu sai pela porta da caríssima loja de vestidos. Passei por várias livrarias mas nenhuma tinha o livro que eu procurava. Até que achei uma livraria antiga. Cheia de pó. E lá tinha vário livros que eu nunca havia visto entre eles, ‘ lendas sobre vampiros” era um livro velho de capa roxa escura. Resolvi levar aquele mesmo, era o melhor que eu poderia achar. Sai da livraria, e passei por um beco, no beco havia um grupo de rapazes que ficaram me olhando, resolvi mudar de rumo, fui caminhando o mais rápido que pude, se eu tentasse correr is cair no chão, provavelmente. Vi que eles me seguiam, de repente me vi rodeada, não tinha para onde fugir.
- Vimos você na loja de vestidos – disse um com cabelo escuro
- Ei gracinha, não foge da gente não! – disse outro, eu estava me preparando para me defender, pois tive algumas aulas de defesa pessoal antes de vir para Forks.
- Por que você não vem com a gente? – disse um cara alto encostando a mão no meu braço
- Não encosta em mim! – falei com voz alterada
- Calma! – ele disse de novo encostando agora nas minhas costas
- Não encosta em mim! – eu disse empurrando ele, tentei correr, meus pés travaram,tentei gritar, minha voz não saia. Foi nessa hora que vi dois faróis de carro na minha frente
- Entra no carro! – disse uma voz conhecida, é claro que era conhecida, eu conheceria essa voz até debaixo da água. Entrei no carro e vi Edward com olhos furiosos, encarando os malfeitores, eles saíram correndo, não cheguei a ver porque, Edward estava de costas para mim na frente do volvo. Ele entrou no carro, deu marcha-ré e olhava furioso para a estrada
- Eu devia arrancar a cabeça deles! – ele falou com ódio na voz
- Não, não devia – disse tentando acalma-lo
- Não sabe as coisas nojentas e repulsivas que estavam pensando! – ele falou ainda com ódio na voz
- E você sabe? – perguntei, não pude me conter
- Não é difícil de imaginar – ele falou agora contendo a voz
- Me distraia! Fale de alguma coisa para que eu não volte lá! – ele disse com a voz alterada
- Ponha o cinto de segurança! – disse
- Há há é melhor você colocar o cinto! – disse ele agora debochado, mas a voz ainda estava alterada. De repente estávamos parados na frente do restaurante onde eu havia marcado de me encontrar com Jéssica e Ângela.
- Co...como...sabia... – tentei perguntar
- Nada de perguntas agora, vá falar com sua amiga, não quero ter que segui-la novamente – agora sua voz era arrogante. Sai do carro na hora,
- Jéssica! – gritei antes dela entrar no carro
- Bella! – disse ela – onde estava? Deixamos mensagens, mas estávamos famintas então...
- Desculpe por atrasar a Bella – disse Edward com a voz mais educada que eu já havia visto ele falar com alguém, menos comigo é claro...
- Começamos a conversar e perdemos a noção do tempo – disse ele, seus olhos estavam mais dominadores e brilhantes.
- Ah! Não imagina, isso acontece. Certo – Jéssica estava totalmente desconcertada, ele nunca havia lançado esses olhares para ela.
- Bom Bella estávamos de saída você quer...
- Acho que preciso fazer Bella comer alguma coisa – disse Edward – se você quiser é claro – agora Ângela e Jéssica estavam muito desconcertadas.
- É muito gentil – disse Ângela
- É mesmo muito gentil – concordou Jéssica
- É preciso comer alguma coisa – disse, pois tinha um monte de perguntas que só podia despejar para cima dele quando elas saíssem. Assim que entramos, uma garçonete, alta, magra, morena e muito bonita, chegou para nos atender. Ela ficou um tempo parada olhando para Edward e depois perguntou
- Me siga – ela caminhava para o meio do restaurante uma mesa no centro.
- Aqui está bom? – perguntou ela para Edward
- Bom , quem sabe um lugar mais reservado? – disse ele a garçonete, eu podia jurar que vi ele passar uma nota de cem reais por baixo da mesa para ela.
- Está bem então – disse ela. Nos levou a uma mesa no canto, pouca iluminação
- Está perfeito – disse ele. Nós nos sentamos um de frente para o outro. A garçonete saiu para buscar o folheto e eu comecei
- Você me deve algumas respostas – lembrei a ele
- Sim, não. “para chegar ao outro lado” 1.77245...- ele estava brincando
- Eu não quero saber a raiz quadrada de PI – falei alterada
- Você sabia? – perguntou ele incrédulo
- Como sabia onde eu estava? – perguntei calmamente olhando em seus olhos
- Eu não sabia – respondeu ele
- Certo – me levantei da mesa pronta para ir embora
- Não vai...eu – dava pra ver que ele lutava com as palavras
- Tudo bem – sentei de novo – você...me seguiu? – perguntei olhando em seus olhos
- Eu... sinto um forte instinto de proteção... com relação a você – disse ele agora olhando diretamente, ele não vinha idéia de quanto seus olhos estavam dominadores neste momento.
- Bom aqui está – interrompeu a garçonete- o que vai pedir?- ela olhava só para Edward nem parecia que eu também estava ali. Ele gesticulou com a mão para mim.
- O que vai querer? – ela se virou para mim séria e me deu o folheto, escolhi a primeira coisa que vi.
- Hum... Ravióli a cogumelos – disse a ela. Ela se virou para Edward com um sorriso
- E você? Já decidiu? – ele não a olhava diretamente
- Uma coca-cola – disse ele olhando para mim
- Está bem então – ela ficou parada olhando pra ele, eu olhei para ela e Edward percebeu a garçonete olhando apaixonada.
- E então? – disse ele
- Ah! Sim perdão! – ela saiu
- Então você me seguiu? – perguntei
- Eu estava tentando manter distancia – começou ele – a menos que precisasse da minha ajuda, então ouvi o que aqueles marginais estavam pensando...
- Espera aí- interrompi – você disse que “ouviu’ o que eles estavam pensando? – ele deu uma pausa, olhou para mim e se inclinou na mesa em minha direção. Eu fiz o mesmo
- Eu consigo ler qualquer mente nesta sala – ele disse isso baixo – tem ... dinheiro – ele olhou para um homem que estava sentado tomando uísky – sexo... – olhou para uma moça loira – dinheiro... olhou para outra mulher – sexo...olhou para a garçonete que estava cochichando com uma amiga – um gato... olhou para um cara com uma capa de chuva.
- E em relação a você... nada... não consigo ler sua mente – nossa eu estava, muito agradecida por ele não poder ler minha mente, bom ler mentes não era comum, mas levantar vans também não era.
- Há alguma coisa de errado comigo? – perguntei
- Eu lhe digo que consigo ler mentes, e você acha que tem alguma coisa de errado com você! – ele riu neste momento vinha a garçonete, com nossos pedidos.
- Aqui está – ela se virou de novo para Edward
- Tem certeza que não vai querer nada mesmo? – insistiu ela
- Não obrigada – disse ele
- É só me chamar... – disse ela se afastando. eu peguei os talheres
- Não vai comer mesmo? – perguntei
- Não – disse ele – estou numa dieta especial.- ele ficou me olhando comer por algum tempo, de repente olhou para baixo, se sorriso desapareceu
- O que foi? – perguntei
- É muito frustrante não poder ler sua mente, e... eu também não tenho mais forças para ficar longe de você – ele disse lutando com as palavras.
- Não fique – respondi simplesmente, ficamos nos olhando por um tempo
- Não vai comer? – ele disse olhando para meu prato que estava cheio
- Eu não estou com fome – respondi olhando para ele
- Devia comer, parece pálida – ele disse com ar de deboche
- Eu não pareço pálida, eu sou pálida – emendei por fim, ele deu uma risada, depois ficou sério.
- Se você comer, lhe conto como eu te achei – ele disse olhando para o nada. mais que depressa eu dei uma garfada em um cogumelo e coloquei na boca.
- Bom – começou ele – eu te achei através das pessoas que viram você, primeiro Ângela...
- ...você leu a mente dela!? – interrompi pensando nas conversas que tive com ela hoje na loja de vestidos
- ...sim... – respondeu ele recomeçando – primeiro ela, depois nas livrarias que você entrou – ele falava e olhava para a porta, depois olhava para mim – depois eu perdi você...
- como? – perguntei
- você entrou em um beco, não tinha ninguém, como eu poderia te achar! – ele falou isso como se fosse a coisa mais óbvia do mundo – e então – continuou – eu continuei procurando, até que...- ele parou de falar, notei que seus punhos estavam fechados, e a voz dele era aflita de raiva - ...ouvi o que aqueles marginais estavam pensando, vi seu rosto na mente deles, e o resto... você já sabe – ele parou de falar – agora seus olhos eram de fogo
- Eu não podia ficar sozinho esta noite, fiquei com medo de procurá-los, e... – ele conteve as palavras - ...aí vou ficar com voce até me recompor de novo – ele deu um sorriso forçado. Eu estava parada olhando para ele com cara de “hã”.
- E você sempre pode ler mentes? – eu disse
- Não...quer dizer... faz algum tempo? – ele falou perdido em pensamentos
- Quanto tempo? – perguntei intrigada
- Muito tempo – ele disse fitando o nada
- E você pode ler qualquer mente?
- É... qualquer mente, de qualquer pessoa, em qualquer lugar e circunstancia – ele disse isso e acabou com as minhas 3 perguntas seguintes. Fiquei um tempo quieta elaborando novas.
- Mas... – eu tentei continuar
- Você come, eu conto – ele me lembrou
- Prossiga- disse dando outra garfada
- Só eu consigo ler mentes, o resto da minha família não – ele parou
- Só isso? – perguntei
- O que? – ele disse perdido em pensamentos
- Que tem para me contar – perguntei e ele se virou para mim me fitando, seus olhos estavam de novo dominadores e brilhantes
- Pare com isso – disse desviando o olhar
- Com o quê? – ele perguntou dando uma risada
- Até parece que não sabe o efeito que faz nas pessoas – disse ficando vermelha de vergonha.
- Que efeito?
- Com os olhos, você hipnotiza as pessoas com os olhos – disse olhando para a parede, eu não podia vê-lo mas sentia que estava me fitando
- Todas as pessoas... ou apenas você? – ele falou suavemente
- Todas. – respondi olhando o meu prato que a propósito estava cheio. Ficamos um tempo em silêncio
- Não está com fome, não é? – ele perguntou
- Não - respondi olhando ele nos olhos, agora estávamos encenados na mesa, em direção um ao outro, ele estava com as duas mãos em cima da mesa, eu também. estendi uma das mãos para tocar na mão dele, ele colocou as mãos para trás.
- Bom então vamos? – ele perguntou
- É – falei, nessa hora ele ia chamar a garçonete e tocou minha mão sem intenção, eu senti um arrepio atravessar meu corpo, ele percebeu.
- Tome – ele me passou o casaco dele
- Não estou com o meu – respondi certa que estava com meu casaco, olhei para o lado e vi que tinha deixado no carro de Jéssica.
- Ah, droga, deixei no carro de Jéssica. – ele me estendeu o casaco novamente, eu coloquei, as mangas eram bem maiores que eu, na verdade o casaco inteiro era. Estava gelado, como se estivesse no vento gelado por muito tempo, mas tinha o cheiro dele, cheiro de perfume. Fiquei estonteada. Nisso chegou à garçonete
- Bom, já vão embora? – ela perguntou olhando apenas para Edward
- Sim vamos – ele respondeu e ela foi buscar a conta, voltou rapidamente
- Aqui está – disse ela com desnecessária gentileza. depois fomos embora, eu ia na frente, e ele tinha sempre o cuidado de não encostar em mim. Entrei no carro, senti o mesmo cheiro do casaco dele, ele ligou o aquecedor.

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