domingo, 28 de novembro de 2010


Capitulo 6 - Teorias
- E aí, como vão suas teorias? – ele perguntou dando um lindo sorriso torto, já estávamos andando, eu olhava para a janela.
- É tenho mais uma – respondi bem baixo, nem sei como ele ouviu
- Qual? – ele perguntou ainda sorrindo, olhando para a estrada
- Você vai rir – respondi
- Não vou, prometo – ele respondeu agora me olhando. Ficamos em silêncio por algum tempo
- Foi você que elaborou? – ele perguntou dando um sorriso lindo
- Foi, bem...tive uma ajuda de Jacob Black, da reserva dos quileutes – pra quê que eu fui dizer isso, o sorriso dele sumiu na hora, estava sério a as mãos estava,m apertadas no volante, ele fitava a estrada sem ver.
- O que foi que ele disse? – sua voz era baixa e grave
- Bom, ele me contou uma história e eu que elaborei o resto – disse tentando proteger Jacob, que não tinha nada a ver com isso – era pra me assustar...
- O quê você elaborou? – a voz continuava grave, mas agora era mais alta
- Bem – eu não sabia como falar – ele me contou que os Cullen não iam na reserva porque – respirei – numa certa época a tribo dos quileutes os- encontrou caçando nas terras deles, então eles disseram ser diferentes. – olhei para ele, para ver seu rosto, estava sério.
- O que mais? – ele perguntou gravemente e num tom bem audível.
- Bem o resto fui eu que inventei, observando você – olhei de novo para ele
- Diga – ele se controlou para não gritar
- Voce é incrivelmente forte, e rápido. Sua pele é muito gelada e pálida. Você nunca come nem bebe. Você não sai no sol, e ás vezes, fala como se fosse de outra época – disse isso com tom de certeza, ele estava olhando para estrada com olhos preocupados
- que idade você tem? – perguntei num tom grave
- dezessete – respondeu ele rapidamente
- há quanto tempo tem dezessete anos? – perguntei
- há muito tempo – disse ele prontamente, ficamos em silencio.
- Sei o que você é – disse olhando para frente
- Diga... alto e claro – ele falou alto e preocupado – diga!
- Vampiro – falei rapidamente. Agora ele estava imóvel, olhava para a estrada sem ver,não falava nada, isso me preocupou.
- Está com medo? – ele perguntou e minhas certezas se confirmaram, ele era um vampiro.
- Não – respondi, agora ele me olhava e eu olhava para ele
- Então me faça a pergunta mais básica – seu tom era grave – o que nós comemos?
- Não vai me machucar – eu disse baixo, parecia um sussurro. Ele parou o carro bruscamente, desceu e me puxou para fora, delicadamente, mas com demasiada força.
- Aonde vamos? – perguntei preocupada
- Até o topo daquela montanha, aonde não há nuvens, você precisa ver como eu sou na luz do sol. – dito isso ele me colocou em suas costas – é melhor se segurar – falou e começou a correr muito rápido, rápido mesmo, os galhos de árvores passavam a milímetros de nós. Agora sei como ele me alcançou tão depressa no estacionamento. De repente paramos, ele me desceu, eu estava tonta, mas pude ver quando ele abriu a camisa e foi para um raio de sol que estava embaixo de uma árvore, era quase por do sol, o lugar era cheio de árvores e musgo, muito úmido e escorregadio, Edward estava de costas para mim
- É por isso que não saímos quando faz sol, as pessoas saberiam que somos diferentes – dizendo isso ele se virou para mim, com a camisa azul clara aberta, era incrível ele brilhava na luz do sol, era como se tivesse, pequenos diamantes, do tamanho de uma molécula, dentro de sua pele
- É assim que eu sou – ele disse isso com tom muito triste, mas eu estava fascinada demais para dizer alguma coisa consolável
- É como um diamante – disse, meus olhos deveriam estar brilhando nesta hora – você é lindo!
- Como lindo? – ele disse incrédulo – tenho a pele de um assassino Bella! – ele falou isso e saiu por de trás de uma árvore, eu tentava acompanhar mas ele andava rápido, e eu escorregava nas pedras cheias de musgo
- Eu sou um matador! – ele falou descendo até um lugar perto de um riacho, eu podia ouvir o barulho da água
- Eu não acredito! – disse tentando segui-lo , ele parou na minha frente me encarando
- É por quê você acredita na mentira – ele falava com raiva de si mesmo – tudo que existe em mim, é convidativo minha voz, o meu rosto até o meu cheiro! Como se eu precisasse de tudo isso! – de repente ele correu para cima de uma pedra gigantesca em menos de um milésimo de segundo
- Você não pode correr mais que eu! – agora ele gritava. Depois chegou mais perto de mim, pegou uma raiz de uma árvore, ela devia ter uns 60 cm de largura e mais de 3 metros de comprimento, ele puxou a raiz e atirou contra uma pedra, ela espatifou em mil pedaços
- Você não pode lutar contra mim! – ele continuava gritando,eu só o acompanhava com o olhar, de repente ele parou há uns 2 metros de mim
- Fui criado para matar – ele disse, não estava gritando, mas seus olhos eram graves
- Eu não me importo – eu disse suavemente, olhando em seus olhos aterrorizantes
- Eu já matei pessoas antes – ele falava e caminhava em minha direção
- Não importa – eu disse
- Eu quis matar você, nunca eu quis tanto o sangue de uma pessoa na minha vida – ele estava parado em minha frente, seu rosto estava há uns 5cm de mim
- Eu confio em você – disse num sussurro
- Não confie – ele colocou os dedos delicadamente na minha face, eu me inclinei em sua direção bruscamente
- Eu estou aqui confio em você! – ele sumiu, ouvia o som dele correndo, de repente ele apareceu em cima de uma árvore
- Eu e minha família somos diferentes dos outros de nossa espécie, só caçamos animais – ele me olhava com demasiada ternura nos olhos – mas você – ele se inclinou sobre o chão ainda em cima da árvore -...e seu perfume...é como uma droga para mim, você é como uma heroína feita especialmente para mim – ele me fitava nos olhos, eu caminhei em direção a árvore onde ele estava, coloquei as duas mãos nos galhos, ele se inclinou em minha direção
- Por quê me odiou quando nos conhecemos? – perguntei
- Odiei – respondeu ele – mas só porque você despertava tanto desejo em mim – ele respirou – ainda não sei se consigo me controlar
- Eu sei que consegue – disse isso subindo em cima da árvore, ficamos muito próximos, ele se afastou e desceu do outro lado da árvore, onde tinha uma parte escura e a outra, tinha sol, ele ficou na parte escura. Eu desci atrás dele, ele se virou em minha direção, me prensou numa pedra, com os dois braços em volta de mim, na altura do meu pescoço
- Não consigo ler sua mente – ele ficou a centímetros da minha boca – tem que me dizer o que está pensando...
- Agora eu estou com medo – disse, ele foi para trás, se se encostou à outra pedra
- Ótimo – disse desapontado
- Não tenho medo de você – tentei remendar o estrago que fiz - tenho medo de perder você, acho que isso é um sonho e você vai desaparecer quando eu acordar – eu não havia percebido que eu estava a centímetros do rosto dele, ele colocou a mão, um pouco abaixo da minha garganta, com muito cuidado, ele me olhava com ternura nos olhos
- Não sabe quanto tempo eu esperei por você – ele disse isso com uma voz sincera e doce, como eu nunca ouvira ele falar antes. Ficamos um tempo nos olhando, foi quando ele pegou na minha mão e foi me levando até a parte da montanha onde ainda havia sol. Era cheia de flores, e tinha uma cachoeira linda, foi a primeira vez que me senti à vontade com tanto verde. Ele me levou até uma árvore e se sentou embaixo dela, eu fiz o mesmo. Ficamos nos olhando por muito tempo, o sol refletia seu lindo rosto brilhante, ele se deitou na grama, eu fiz o mesmo. Ficamos nos olhando deitados, um de frente para o outro, o silencio bastava.
- Bella – ele disse docemente – isso é loucura, não podemos ficar juntos– ele me olhava e falava suavemente
- Eu prefiro morrer a ficar longe de você – eu disse firmemente olhando em seus olhos
- Ninguém nunca me disse isso... – depois de dizer isso, ficamos em silencio por mais algum tempo. De repente já estava escuro.
- Nossa – eu disse – já anoiteceu, Charlie vai me matar
- Então vamos - ele disse, já estava de pé me ajudando a levantar
- Suba nas minhas costas – ele disse – só desta vez feche os olhos, para não ficar tonta
- Tem certeza? – perguntei meio insegura
- Claro, Bella , não se preocupe , eu nunca bati em nada, tenho prática nisso – ele disse tão seguro que eu concordei. Subi em suas costas, apertei os braços firmemente em volta de seu pescoço e fechei os olhos
- Então vamos – disse ele, já estávamos correndo, eu sentia frio, e os galhos das árvores passando a milímetros de nós. Eu já estava ficando enjoada, quando paramos, ele me desceu de suas costas, eu estava quase desmaiando
- Bella! Você está bem? – ouvi-o perguntar
- Estou – gemi – só um pouco tonta
- Falei para fechar os olhos – ele disse rindo
- É – eu nem abria os olhos, ele me colocou sentada em uma pedra, eu consegui abrir os olhos. Ele foi se aproximando de mim, até que seus lábios frios, encostaram nos meus, ele ficou assim por um tempo depois voltou para trás olhando para mim, para ver minha reação. Eu arregalei os olhos, e respirei, ele riu.
- Não vá me dizer que a moça nunca havia feito isso antes? – ele perguntou isso em tom de deboche
- É...bom...vamos logo – eu nem sabia o que responder, me levantei, cambaleei para dentro do carro, ele entrou e ainda estava rindo. Quando o carro começou a andar, eu fechei os olhos, para passar a tontura, com tempo passou. Olhei para baixo vi o velocímetro, estava a 190km
- Você é louco! – dei um berro e ele se virou para mim – diminua vamos bater!
- Bella – ele disse calmamente – eu sempre dirijo assim e nunca bati, confie em mim.
- Diminua! – meu tom era histérico
- Bella! – ele disse
- Diminua! Se esse carro bater em alguma coisa, vai virar pizza de volvo! – ele deu uma risada bem longa
- E provavelmente, você vai conseguir escapar! – eu disse e saiu em tom de brincadeira, melhor assim. Ele diminui para 150
- Melhor assim? – perguntou
- não, ainda estamos acima da velocidade permitida – disse
- Aí, odeio dirigir devagar – disse ele diminuindo para 120
- É mas Charlie é policial,e eu fui criada respeitando as regras
- É , sei disso – ele parou o carro, já estávamos em frente da minha casa, o carro de Charlie estava parado em frente, ele já havia chegado. Eu olhei para ele, tirei o casaco sentindo de novo o cheiro dele no casaco. Estendi o casaco para ele
- Toma
- Pode ficar, não vai ter casaco para amanhã – ele disse me fitando
- Eu ligo para Jéssica me trazer o meu amanhã
- Está bem – ele disse, e eu cambaleei para fora do carro, andei um pouco quando ouvi o vidro do carro se abaixar
- Ei Bella – disse Edward
- O que? – me virei muito rápido para trás
- Vou levar você para a escola amanhã – disse ele me dando um sorriso torto
- Mas e Charlie? – eu disse, pensando em como ai ser esquisito se meu pai acordasse logo de manhã e visse Edward Cullen na porta da casa dele.
- Não se preocupe – eu vou chegar depois que ele sair
- Está bem então – disse
- Durma bem – ele disse num tom meio diferente, como se já tivesse me visto dormir. Eu entrei dentro de casa e ouvi o motor do carro ligar. Ao entrar dentro de casa, vi que Charlie estava sentado no sofá, olhando um filme.
- Oi Bells- disse Charlie – como foi em Port Angeles?
- Bem pai – aparentemente ele não viu que Edward havia me trazido – Jéssica me trouxe – menti para não deixar dúvidas
- Que bom – ele disse voltando ao filme, ele não era de falar muito e fazer interrogatórios. Foi nessa hora que percebi que estava morrendo de fome, esquentei uma lasanha e comi. Depois quando me dirigia a meu quarto tocou o telefone, fui atender era Jéssica
- Como foi? Me conta tudo! – ela falava histérica ao telefone
- É ele me trouxe para casa – eu estava sussurrando, para Charlie não descobrir
- Por que está sussurrando?
- Charlie está aqui! – falei mais baixo ainda
- Ah! Me conta amanhã então
- Jéssica, me traz meu casaco que deixei no seu carro tá?
- Claro, eu levo amanhã, e Bella, bons sonhos...! – desliguei o telefone, Charlie estava tão concentrado no filme que nem me viu atender.
- Boa noite pai
- Boa noite Bella! –disse ele. Subi as escadas me arrastando, escovei os dentes, tomei um banho. Estava cansada demais para esperar um século para aquela carroça de computador ligar, fui direto dormir. Naquela noite deitei e dormi direto.

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